segunda-feira, 29 de outubro de 2012

lição 5 Obadias- rede brasil de comunicação


PORTAL ESCOLA DOMINICAL
QUARTO TRIMESTRE DE 2012
OS DOZE PROFETAS MENORES - advertências e consolações para a santificação da Igreja de Cristo
COMENTARISTA: ESEQUIAS SOARES DA SILVA
COMENTÁRIOS - SUPERINTENDÊNCIA DAS EBD'S DA ASSEMBLEIA DE DEUS EM RECIFE/PE

LIÇÃO 05 – OBADIAS – O PRINCÍPIO DA RETRIBUIÇÃO
INTRODUÇÃO
Obadias é o livro mais curto do Antigo Testamento, contendo apenas 21 versículos. Seu conteúdo é uma mensagem profética de ameaça contra Edom, os descendentes de Esaú e inimigos implacáveis de Israel, porque este povo ajudou os caldeus durante o cerco de Jerusalém e se alegrou com a sua queda e destruição; mas, também, de restauração para Judá. No entanto, nesta lição, estudaremos não apenas sobre o profeta Obadias e seu livro, mas, também, sobre alguns temas relevantes que estão relacionados a mensagem do livro de Obadias, tais como: o princípio da retribuição, a soberania divina e o livre arbítrio do homem.
I – O PROFETA OBADIAS
Obadias foi um profeta de Judá que profetizou o juízo divino contra os edomitas. Seu nome, do hebraico Obad'yah significa “servo de Jeová” ou “adorador de Yahweh”. Era um nome muito comum no AT (I Rs 18.3; I Cr 7.3; 12.9; II Cr 17.7; 34.14; Ed 8.9; Ne 10.5; 12.25). Nada se sabe sobre o profeta Obadias: nem sobre a sua genealogia, nem sobre seus contemporâneos, e nem sobre o exato período que ele profetizou, alguns estudiosos sugerem (de 848 a 460 a.C.). Obadias anunciou os pecados de Edom, nação situada a leste e ao sul do mar Morto e que teve suas origens em Esaú, irmão de Jacó (Gn 36.1-8; Ob 6.8,10,18,19,21).
II – O LIVRO DE OBADIAS
2.1 Características especiais do livro. Encontramos pelos menos quatro características principais:
• É o livro mais breve do Antigo Testamento;
• É um dos três profetas (além de Jonas e Naum) chamados por Deus para transmitir uma mensagem a uma nação gentílica;
• Existe uma grande semelhança entre Obadias e a profecia de Jeremias (Jr 49.7-22);
• O livro não é mencionado diretamente no Novo Testamento.
2.2 Amensagem do livro. O livro de Obadias descreve uma profecia contra os descendentes de Esaú, os edomitas, pelo tratamento que deram aos judeus quando estes foram invadidos pelos babilônicos, chegando a ajudar os saqueadores (v 11,13,14) e se alegrarem pela ruína e destruição dos seus irmãos (v. 12). Pelo menos três coisas os edomitas não deveriam ter feito:
• Não deveriam ter visto com prazer a destruição do seu irmão. A invasão estrangeira por parte dos babilônios que ocorreu por volta de 586 a.C. é descrita como dia de desterro, de ruína e de angústia; e os edomitas se alegraram nesta ocasião (v 12);
• Não deveriam ter entrado pela porta do meu povo. Como se não bastasse o regozijo pela derrota de seus irmãos, os edomitas tiraram vantagem da situação, invadindo Jerusalém em busca de despojos (v. 13);
• Não deveriam ter parado nas encruzilhadas. Eles se colocaram nas encruzilhadas das estradas para matar os judeus que tentavam escapar do massacre ou entregá-los aos inimigos (v. 14).
2.2.1 Quem eram os edomitas. Os edomitas, vizinhos de Judá, eram descendentes de Esaú, irmão de Jacó (Gn 36.8,9; Ob 6,10). Apesar disso, eles se tornaram ferrenhos inimigos do povo de Deus (Gn 36.1; Nm 14.20,21; II Cr 20.1,2; 21.8, 16,17; 28.17; Sl 137.7; Ez 25.12). Os edomitas eram orgulhosos e ousados (v. 3) e conhecidos pela sua sabedoria e força. Eles se orgulhavam por causa de suas riquezas (v. 6); de suas alianças com povos vizinhos (v. 7); de sua sabedoria (v. 8) e de seus militares (v. 9).
2.2.2 O julgamento dos edomitas. Por causa de sua maldade, o profeta anuncia o inevitável juízo divino sobre os edomitas: “Porque o dia do Senhor está perto” (v. 15). O dia do Senhor neste texto representa um juízo futuro, que ocorrerá por ocasião da Grande Tribulação “... sobre todas as nações...”; mas, também, um juízo que sobreviria sobre os edomitas como resultado da lei da semeadura: “... como tu fizeste, assim se fará contigo; a tua maldade cairá sobre a tua cabeça” (v.15).
2.2.3 A restauração de Judá. Por intermédio do profeta, Deus anuncia, também, a restauração de Judá do cativeiro babilônico: “Mas no monte Sião haverá livramento, e ele será santo; e os da casa de Jacó possuirão as suas herdades” (v. 17). A destruição de Judá foi, portanto, parcial; pois, o Senhor prometeu restaurar-lhes novamente, devolvendo-lhes a sua terra. Esta restauração foi também predita por outros profetas (Is 49.8-13; Jr 30.1-24; Jl 2.32; 3.17).
III – O DEUS DA RETRIBUIÇÃO
Deus tinha motivos para abater Edom, pois Ele nunca age trazendo julgamento sem uma razão coerente (Sl; 9.8; Sl 89.14; Jr 9.24). A Bíblia registra, pelo menos, outras quatro ocasiões em que os filhos de Esaú investiram contra os israelitas: no reinado de Jeorão (2 Cr 21), no reinado de Amazias (2 Cr 25), no reinado de Acaz (2 Cr 28) e no reinado de Zedequias (2 Cr 36). Por isso, o juízo divino sobre os edomitas era iminente. A Bíblia ensina claramente sobre o princípio da retribuição. Vejamos:
• “Portanto, vivo eu, diz o Senhor Deus, que procederei conforme a tua ira, e conforme a tua inveja, de que usaste, no teu ódio contra eles; e me farei conhecer entre eles, quando te julgar” (Ez 35.11);
• “Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira, porque está escrito: Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor” (Dt 32.35; Rm 12.19);
• “Porque bem conhecemos aquele que disse: Minha é a vingança, eu darei a recompensa, diz o Senhor. E outra vez: O Senhor julgará o seu povo. Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo” (Dt 32.36; Hb 10.30,31);
• “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6.7).
Segundo historiadores, a profecia de Obadias cumpriu-se cabalmente: os edomitas foram destruídos por Nabonido, o último dos governantes babilônicos; e, no século V a.C. os edomitas caíram sob o poder dos árabes; e, após a destruição de Jerusalém, por volta de 70 d.C. eles desapareceram da história.
IV – A SOBERANIA DE DEUS E O LIVRE ARBÍTRIO
De acordo com as Sagradas Escrituras, a soberania divina e o livre arbítrio humano, apesar de parecerem antagônicos, são doutrinas perfeitamente harmônicas, como veremos a seguir:
4.1 Asoberania divina. É a autoridade absoluta e inquestionável que Deus exerce sobre todas as coisas criadas, na terra e no céu (1 Cr 29:11,12; Jó 42:2; Sl 10:16; 24:8; 29:10; 48:2; 115:3; 135.6; Dn 4:35). Esta soberania está baseada em Sua sabedoria, justiça, santidade, onipotência, onipresença e onisciência divina. Podemos dizer que Deus, como Criador de todas as coisas, é dono de tudo, e tem o direito absoluto de governar sobre tudo e todos (Mt 20:15; Rm 9:20,21). Ele verdadeiramente exerce autoridade no universo (Ef. 1:11). No entanto, esta soberania não é arbitrária, pois está baseada no amor. Vejamos o que a Bíblia diz sobre a soberania divina:
• Os reis da terra estão sob o controle de Deus (Pv 21.11; Ap 19.16);
• Os acontecimentos humanos estão sob o seu controle (Dn 2.7; 4.17; Is 55.11);
• Os anjos estão sob o seu controle (Cl 1.16; Jó 1.6; 2.1);
• Os anjos maus estão sob o seu controle (Ef 1.21; Fl 2.10; Is 45.22,23).
• O próprio Satanás está sob o seu controle (Jó 1.6; 2.1; Mt 8.29; Ap 12.9,12).
4.2 O livre arbítrio do homem. Entende-se por livre-arbítrio a capacidade que possui o ser humano de pensar, ou agir, tendo como única motivação a sua vontade (Gn 2:26.). Esta capacidade é nata do ser humano, pois Deus, que é um ser pessoal, criou o homem dotado de razão, emoção e volição.
4.2.1 O livre arbítrio antes da Queda. Ao criar o homem, Deus o colocou no jardim no Éden e lhe delegou algumas responsabilidades, como arar a terra, cuidar do jardim e dominar sobre a criação (Gn 1.28; 2.15). O Senhor advertiu a Adão que ele não deveria comer do fruto da árvore da ciência do bem e do mal (Gn 2.17). Logo, ele era capaz de tomar decisões.
4.2.2 O livre arbítrio depois da queda. Mesmo após a Queda, o homem não perdeu a capacidade de fazer suas escolhas e de tomar suas próprias decisões (Gn 4.7; Dt 30.19; Js 24.15; Mt 11.28-30; Jo 7.17; 12.32; At 2.38; Rm 8.32; Tt 2.11; Fp 1.22; Hb 11.25). Como se pode observar, a doutrina do livre arbítrio é bíblica. Caso contrário, o homem não poderia ser responsabilizado por seus atos. Como Deus poderia exigir o arrependimento do homem, caso ele não pudesse se arrepender? (Mt 3:2; 4:17; Mc 1:15; At 2:38; 3:19; 17:30, 1 Tm 2:4).
CONCLUSÃO
Como pudemos ver, o livro do profeta Obadias é o mais curto dos profetas menores, bem como do AT. Sua mensagem destina-se aos edomitas, descendentes de Esaú e inimigos de Judá, por causa de sua crueldade para com os judeus. Obadias profetizou a ruína dos edomitas e a posterior restauração de Jerusalém. Por causa de suas más escolhas, os edomitas experimentaram o juízo divino, demonstrando assim, o princípio da retribuição divina, ou seja, a lei da semeadura, bem como a soberania divina e o livre arbítrio do homem.
REFERÊNCIAS
• CHAMPLIN, R.N. O Antigo Testamento Interpretado versículo por Versículo. HAGNOS.
• STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
• VINE, W.E, et al. Dicionário Vine. CPAD.
• ELISSEN, Stanley. Conheça melhor o Antigo Testamento. VIDA.
• SOARES, Esequias. Visão Panorâmica do Antigo Testamento. CPAD.
Fonte: http://www.rbc1.com.br/licoes-biblicas/index/  Acesso em 31 out. 2012.

Obadias- o principio da retribuição

I - TEXTO ÁUREO:
“ Porque o dia do SENHOR está perto, sobre todas as nações;como tu fizeste, assim se fará contigo; a tua maldade cairá sobre a tua cabeça” (Obadias 1.15).
III – VERDADE PRÁTICA: Obadias mostra que a lei da semeadura e o princípio da retribuição constituem uma realidade da qual ninguém pode escapar.
IV – PALAVRA CHAVE: Soberania – Qualidade ou condição de Soberano.
V – COMENTÁRIO – Apresentação
Deus está no controle de tudo e toda ação humana está ao alcance de seus olhos. A lei natural da semeadura ilustra o princípio da retribuição no campo espiritual, e é justamente essa a mensagem que encontramos no livro do profeta Obadias, em seus oráculos contra Edom.
Oráculo, palavra derivada do latim, oraculum, era um vocábulo usado para indicar um assento de oração; a mensagem dada; uma pessoa, divina ou humana que apresentasse uma mensagem, uma predição, uma ordem ou comunicação divina; um templo; um santuário.
Nos seus oráculos Obadias traz uma mensagem profética contra os descendentes de Esaú, os edomitas. Os “irmãos” dos israelitas seriam duramente julgados pela forma com que os trataram quando estavam sendo atacados pelos invasores.
Este tratamento desprezível dado ao povo de Deus em um momento em que estavam vulneráveis foi motivo suficiente para que Deus declarasse a queda de Edom.
Relatos nos dizem que a maldade dos edomitas chegou ao cúmulo de preparar armadilhas para os israelitas que conseguiram escapar da cidade com vida. Os muitos pecados de Israel foram o motivo de seu exílio e da perda temporária de
sua nação.
Mas isso não era motivo para que Edom aproveitasse a situação e colocasse em prática seu desprezo pelos israelitas tratando-os com malignidade.
Para que possamos entender o livro de Obadias precisamos ter em mãos um breve resumo da história de Israel. O profeta trata de duas nações, Israel e Edom, mas refere-se a elas por meio da citação de seus antepassados, Esaú e Jacó.
Isso ocorre porque era comum para os hebreus identificar as pessoas utilizando o nome de seus antepassados. Ao longo da história entre Israel e Edom, houve momentos de animosidade e isso perdurou por muitos anos, despertando e mantendo acesa uma inimizade entre esses dois povos descendentes de Abraão.
Apesar da animosidade entre esses dois grupos, a recomendação divina aos israelitas era que tratassem os edomitas com respeito, da mesma forma que deveriam tratar os egípcios:
Não abominarás o edomita, pois é teu irmão; nem abominarás o egípcio, pois estrangeiros fostes na sua terra” (Dt 23.7). Essa recomendação os edomitas não seguiram com relação a Israel.
O problema foi a atitude de Edom no momento do juízo de Deus. Os edomitas foram condenados não apenas porque se mantiveram distantes e alegres quando seus parentes estavam sendo atacados.
Eles foram condenados porque, além de observar o que estava acontecendo, participaram dos ataques contra os sobreviventes. Mas seu julgamento não tardaria a vir. Quanto aos israelitas, eles seriam restaurados e teriam suas terras de volta, além de possuir as terras de seus inimigos também (Ob 18,19).
Os israelitas estavam sendo julgados por Deus por causa dos seus pecados. Até ai, Edom não tinha qualquer ingerência a ponto de receber uma dura palavra da parte do Senhor.
Mas quando Edom se propôs a atacar os israelitas e maltratá-los, e entregá-los aos inimigos, então Edom caiu na mesma sentença que foi dada aos israelitas; eles seria julgados e exterminados, e suas terras, dadas aos que antes tinham atacado.
Os edomitas estavam sempre com ânimo pronto para ajudar qualquer grupo que fosse contrário a Israel. A Bíblia registra pelo menos quatro ocasiões em que os filhos de Esaú pilharam os israelitas:
No reinado de Jeorão (2 Cr 21), no reinado de Amazias (2 Cr 25), no reinado de Acaz (2 Cr 28), e no reinado de Zedequias (2 Cr 36). Essa animosidade nunca foi bem vista por Deus (Ob 10 - 15).
OBJETIVO 1: Conceituar soberania divina e livre arbítrio.
O termo soberania denota uma situação em que uma pessoa, com base em sua dignidade e autoridade, exerce o poder supremo, sobre qualquer área, em sua província, que esteja sob a sua jurisdição.
Quando é aplicado a Deus, o termo indica o total domínio do Senhor sobre toda a sua vasta criação. Como Soberano que é Deus exerce de modo absoluto a sua vontade, sem ter de prestar contas a qualquer ser em cima nos céus, embaixo na terra ou debaixo da terra.
A soberania de Deus consiste em sua sabedoria, justiça, santidade, onipotência, onipresença e onisciência. É portanto, absoluta inquestionável que Deus exerce sobre todas as coisas criadas, quer na terra, quer nos céus, dispondo de tudo de acordo com os seus conselhos e desígnios.
Sendo Deus absoluto e necessário, todos nós somos contingentes: todos precisamos dele para existir; sem Ele, não há vida nem movimento.
Deus é Senhor Soberano, no entanto reservou ao homem o livre arbítrio e assim todos nascem livres e são auto-conscientes, por isso, responsável diante de Deus pelos próprios atos. Isto não significa negar a soberania divina, trata-se tão somente da liberdade humana.
O livre-arbítrio é um ensinamento bíblico. A vontade de Deus é que todos sejam salvos (Ez 18.32; Jo 3.16; 1 Tm 2.4; 2Pe 3.9). A mensagem cristã diz que Cristo veio para salvar os pecadores, e deles se espera que correspondam à chamada divina ao arrependimento (At 2.38).
As Escrituras ensinam também, que todos os homens são donos potenciais da fé conferida por Deus, a fim de que venham realmente a crer, se assim quiserem fazê-lo. Essa é uma dádiva divina dada aos homens.
O que cada indivíduo fizer com o seu potencial de crer é questão exclusivamente sua, por ser algo sujeito ao seu livre arbítrio; portanto, se alguém preferir negar a sua fé em Cristo, tornar-se-á culpado e responsabilizado por isso, tendo de ser julgado por esse motivo.
O livre-arbítrio é uma experiência humana. O homem é livre para alterar o curso de sua maneira de pensar e viver, sendo responsável por fazer tal. Nunca devemos pensar que isso funciona no vácuo. De fato, para vir a crer, cada indivíduo humano tem de vencer a si mesmo, além de ter de vencer muita oposição fora de si mesmo.
Mas Deus tornou isso possível através do que ele realizou na cruz, em Cristo Jesus. De acordo com o trecho de Rm 1.18, o homem se afastou de Deus voluntariamente; mas isso pode ser revertido, por mais difícil que seja tal
situação. A experiência mostra-nos que um homem, com Cristo, ou sem ele, sabe a diferença entre o bem e o mal, e pode escolher uma coisa ou outra, ainda que, normalmente, o homem não regenerado prefira sempre o mal.
OBJETIVO 2. Elencar os elementos contextuais do livro de Obadias.
O autor deste livro é um profeta chamado Obadias. No livro, não é mencionada a sua genealogia, nem outro pormenor a seu respeito. Obadias é um nome bastante comum, e significa “servo do Senhor”.
Doze ou treze pessoas com tal nome são mencionadas na Bíblia (1 Re 18.13-16; 2Cr 17.7; 34.12,13). Dependemos da data desta profecia para sabermos se o Obadias que escreveu este livro é o citado noutra parte do Novo Testamento.
Como nenhum rei é mencionado, não sabemos com certeza a data em que foi escrito. A única alusão histórica diz respeito a uma ocasião em que os edomitas regozijaram-se com a invasão de Jerusalém, e até mesmo tomaram parte na divisão dos despojos (Ob 11-14).
Não fica claro, porém, qual invasão Obadias tinha em mente, pois houve cinco grandes invasões contra a cidade santa durante os tempos do Antigo Testamento.
Primeira: A invasão de Sisaque rei do Egito, em 926 a.C, durante o reinado de Roboão filho de Salomão (1 Re 14.25,26).
Segunda: A invasão dos filisteus e árabes no reinado de Jorão, entre 848 – 841 a.C. (2 Cr 21.16,17).
Terceira: A invasão de Jeoás rei de Israel no reinado de Amazias rei de Judá em 790 a. C. ( 2Re 14.13,14).
Quarta: A invasão de Senaqueribe, rei da Assíria, no reinado de Ezequias, em 701 a. C. (2 Re 18.13).
Quinta: A invasão dos babilonios entre 605 – 587\86 a. C. (2 Re 24.25). Donald C. Stamps, diz na sua Bíblia de Estudo Pentecostal referindo-se ao livro de Obadias que Obadias provavelmente profetizou entre a segunda ou a quinta invasão de Jerusalém.
E a destruição de Jerusalém por Nabucodonozor seria a menos provável, porque não há nenhum indício da destruição completa de Jerusalém nen da deportação de seus habitantes.
Os profetas que se referem à destruição de Jerusalém identificam sempre o inimigo como sendo Nabucodonozor, e não simplemente “forasteiros” e “estranhos” (Ob 11).
Sendo assim diz Stamps, a ocasião da profecia de Obadias é mais provável
durante a segunda das cinco invasões quando uma coalisão de filisteus e árabes uniram-se para pilhar a cidade santa.
Por essa época, os edomitas que haviam estado sob controle de Jerusalém, já haviam consolidado sua liberdade (2 Cr 21.8-10). O júbilo dos edomitas motivado pela queda de Jerusalém, fica bem patente e compreensível, levando-se em conta que o período do reinado de Jorão vai de 848 – 841 a.C. e que a pilhagem de Jerusalém já era realidade.
Segundo Stamps, 840 a. C. seria a data mais provável para a composição da profecia. Parte do contexto da profecia relembra (Gn 25.19-34; 27.1 – 28.9) a longa rivalidade entre Esaú, pai dos edomitas e Jacó, pai dos israelitas.
Embora podemos ler em Gênesis 33 a respeito da reconciliação entre os dois irmãos, o ódio entre seus descendentes irrompia frequentemente em guerras no decurso da história bíblica (Nm 20.14-21; 1 Sm 14.47; 2 Sm 8.14; 1 Re 11.14-22).
Em consonância com suas hostilidades, os edomitas regozijaram-se com as adversidades de Jerusalém. Além disso, os edomitas estavam sempre com ânimo pronto para ajudar qualquer grupo que fosse contrário a Israel.
A Bíblia registra, pelo menos, quatro ocasiões em que os filhos de Esaú pilharam os israelitas: No reinado de Jeorão (2 Cr 21); no reinado de Amazias (2 Cr 25); no reinado de Acás (2 Cr 28) e no reinado de Zedequias (2 Cr 36). Essa animosidade dos edomitas contra Israel nunca foi aceita por Deus (Ob 10 – 15 NTLH).
OBJETIVO 3: Saber o princípio da retribuição divina.
A retribuição é própria e inevitável devido a natureza divina. Deus caracteriza-se pela retidão, pela justiça e pela onipotência. Portanto, ele que é capaz de punir o mal e recompensar a gratidão.
Por isso, as pessoas recebem de Deus exatamente o eu merecem, exceto quando sua justiça é acompanhada pela sua misericórdia e graça tendo em vista o arrependimento e a fé na pessoa bendita do Senhor Jesus Cristo, pois na pessoa de Jesus o mal foi penalizado e nós fomos salvos (2 Co 5.21).
A retribuição é própria e inevitável devido à natureza divina. Isso é destacado em Gálatas 6.7,8, onde lemos: “Não vos enganeis: de Deus não se zomba, pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia para sua própria carne da carne colherá corrupção, mas o que semeia para o Espírito, do Espírito colherá vida eterna”.
Isto apenas reitera o ensino veterotestamentário: “Lavraste a malícia, colheste a perversidade (Os 10.13). Esse ensino mostra que a retribuição além de ser
um ato de Deus é também o resultado inevitável das ações humanas, boas ou más.
É significativo que a palavra hebraica por detrás da idéia signifique tanto pecado quanto punição. Tal como no mundo físico, onde cada ato produz resultados inevitáveis, o mesmo se dá no campo espiritual e moral. “Pois com o critério com que julgardes, sereis julgados e com a medida com que tiveres medido vos medirão também” (Mt 7.2).
Provérbios 26 e 27 diz: “Quem abre uma cova nela cairá e a pedra rolará sobre quem a revolve”. Apocalipse ainda esclarece: “Derramaram sangue de santos e de profetas, também sangue lhes tem dado a beber; são dignos disso” (Ap 16.6; Rm 1.27; Ap 18.6,7).
A retribuição divina só começa neste mundo, completando-se apenas na futura existência, (eternidade). Muitos crimes atrozes jamais serão castigados nesta vida, mas a Bíblia assegura que haverá um dia de prestações de contas (2Co 5.10; 2Pe 2.9; 3.7), quando todos aqueles que não aceitaram a Cristo como Salvador e Senhor serão ressuscitados para serem julgados (Jo 5.29; Ap 20.11-15).
CONCLUSÃO:
A retribuição é inevitável, pois “tudo que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6.7). Só o arrependimento e a fé em Jesus podem levar o homem a experimentar o amor e a misericórdia de Deus (2 Co 5.17).
Assim como ninguém pode desafiar as leis naturais sem as devidas consequências, não é possível ignorar as leis espirituais e sair ileso. O princípio da retribuição já se encontrava na lei de Moisés (Ex 21.23-25; Lv 24.16-22; Dt 19.21).
Os edomitas beberam e alegraram-se com a desgraça de seus irmãos. Mas, agora, chegou a hora de eles receberem a sua paga na mesma moeda. Os descendentes de Esaú provarão cálice da ira divina par sempre (Ob 16).
É bom lembrar que esse princípio vale também para indivíduos (Jz 1.6,7; Hb 2.2). É o princípio da semeadura (Os 8.7; Gl 6.7).
Consultas:
Lições Bíblicas EBD-CPAD - 4º. Trimestre 2012 – (Comentarista: Esequias Soares).
COELHO, Alexandre e DANIEL, Silas. Os Doze Profetas Menores. CPAD – Rio de Janeiro, 2012.
Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD
Bíblia de Estudo Cronológico – Editora Vida
ANDRADE, Claudionor Corrêa. Dicionário Teológico. 8ª. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1999.
CHAMPLIN. R. N. O Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo.. Editora Hagnos.
CHAMPLIN. R. N. Dicionário do Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo.. Editora Hagnos.
DOCKERY, David S. Manual Bíblico Vida Nova – 1ª. ed. São Paulo, Editora Vida, 2001.
RICHARDS Lawrence. Comentário Bíblico do Professor. 3ª. Imp. São Paulo: Editora Vida, 2004.
DAVIDSON, F. O Novo Comentário da Bíblia. 3ª. ed. São Paulo: Editora Vida Nova, 1997.
RADMARCHER, Earl D.; ALLEN, Ronald B; HOUSE, H. Wayne. O Novo Comentário Bíblico do Antigo Testamento com Recursos Adicionais. 1ª. ed. Rio

domingo, 28 de outubro de 2012

Tema do 1º Trimestre de 2013

ELIAS E ELISEU: UM MINISTÉRIO DE PODER PARA TODA A IGREJA (LIÇÕES BÍBLICAS 1º TRIMESTRE/2013)














As Lições Bíblicas da CPAD para o 1º Trimestre/2013 trabalhará o tema “Elias e Eliseu: Um Ministério de Poder para toda a Igreja”, e terá como comentarista o pastor e amigo José Gonçalves.

Os temas semanais serão:

Lição 1- A Apostasia no Reino de Israel

Lição 2- Elias, o Tisbita

Lição 3- A Longa Seca Sobre Israel

Lição 4- Elias e os Profetas de Baal

Lição 5- Um Homem de Deus em Depressão

Lição 6- A Viúva de Sarepta

Lição 7- A Vinha de Nabote

Lição 8- O Legado de Elias

Lição 9- Elias no Monte da Transfiguração

Lição 10- Há Um Milagre em Sua Casa

Lição 11- Os Milagres de Eliseu

Lição 12- Eliseu e a Escola de Profetas

Lição 13- A Morte de Eliseu

Temas de grande importância prática e doutrinária são aqui abordados, que certamente promoverá a edificação da Igreja. Tive a honra e o privilégio de prefaciar o livro do pastor José Gonçalves, que servirá de apoio e subsídio para a presente Lição.




segunda-feira, 22 de outubro de 2012

lição 4 amos- Pr. Altair Germano


O estudo sobre os Doze Profetas Menores será relevante na medida em que aprendermos e aplicarmos aos nossos dias as suas preciosíssimas lições.
O HOMEM E A SUA VOCAÇÃO PROFÉTICA 
Amós era natural de Tecoa, um povoado que ficava ao sul de Jerusalém, a menos de 20 km da capital de Judá (Am 1.1). Sua atividade antes de exercer o ministério profético era a de boieiro (vaqueiro) e de cultivador de sicômoros (Am 7.14). Não se sabe ao certo se na condição de boieiro Amós era proprietário de um pequeno rebanho ou um assalariado. A atividade de cultivador de sicômoros, fruto comestível, implicava em arranhar as frutas com a unha ou com um objeto de metal antes que amadurecessem, para que dessa forma ficassem doces.[1]
O PROFETA, O LUGAR E A ÉPOCA EM QUE EXERCEU O SEU MINISTÉRIO 
O ministério profético de Amós foi exercido em Betel (hb. bet-’el,casa de Deus). A cidade de Betel chamava-se Luza, mas os israelitas, ao se apropriarem da região, passaram a chamá-la como o nome do santuário cananeu. A narrativa histórica sobre Abraão e Jacó faz menção de Betel (Gn 12.8; 13.3-4; 28.10-22). Após o cisma entre as tribos do norte e do sul, em aproximadamente 931 a.C., Betel foi transformado em santuário nacional pelo rei Jeroboão I, que aí instalou a imagem de um touro (I Rs 12.26-33). Amós profetizou quando Uzias era o rei de Judá, e Jeroboão II (filho de Joás, reinava em Israel, por volta de 760 a.C.
OS DESTINATÁRIOS DA MENSAGEM PROFÉTICA DE AMÓS 
As primeiras mensagens proféticas de Amós são direcionadas a Damasco (1.3), Gaza (1.6), a Tiro (1.9), a Edom (1.11), a Amom (1.13) e a Moabe (2.1). Como é de se esperar, quando as profecias são juízos de Deus contra os inimigos de Israel, o povo se une e aplaude o profeta. A sétima mensagem profética é também bem recebida, pois se destina a Judá (2.4), cuja rivalidade com o reino do Norte era ainda grande.
Conheço “profetas” hábeis na arte de profetizar contra os “inimigos” de uma instituição ou da liderança, mas não se portam da mesma maneira quando as coisas na instituição para quem profetizam, ou na liderança da mesma não vão bem. Amós não era esse tipo de profeta, levado pela conveniência.
A oitava mensagem de Amós se volta contra a própria nação de Israel, denunciando as mazelas da classe dominante, do sistema vigente, injusto e opressor. Amós não recuou diante da difícil e impopular tarefa de profetizar contra os seus ouvintes.
A MENSAGEM PROFÉTICA DE AMÓS 
Entre os pecados denunciados por Amós estavam:
- O luxo das classes dominantes:
Ai dos que repousam em Sião e dos que estão seguros no monte de Samaria; que têm nome entre as primeiras nações. E aos quais vem a casa de Israel. […] que dormis em camas de marfim, e vos estendeis sobre os vossos leitos, e comeis os cordeiros do rebanho e os bezerros do meio da manada; que cantais ao som do alaúde e inventais para vós instrumentos músicos como Davi; que bebeis vinho em taças e vos ungis com o mais excelente óleo, mas não vos afligis pela quebra de José. Eis que, agora ireis em cativeiro entre os primeiros que forem cativos, e cessarão os festins dos regalados.(Am 6.1, 4-7)
Os pecados do tempo de Amós não se repetem em nossos dias? Basta olhar para os líderes evangélicos que multiplicam seu patrimônio através do uso indevido dos dízimos e das ofertas das lavadeiras, pedreiros, ambulantes, viúvas pensionistas, e até dos mais bem remunerados e posicionados socialmente.
Conheço líderes que possuem um rico patrimônio, pois já eram bem sucedidos em suas atividades profissionais. Outros enriqueceram “do dia para a noite”, se utilizando dos recursos da igreja, alegando “autoridade dada por Deus para isso”. Que vergonha, que vexame, que insensatez!
Como pode um líder cristão adquirir apartamentos e coberturas em prédios de luxo, fazendas, gados, carros luxuosíssimos e outros bens, e ainda assim ficar com a consciência tranquila diante da condição da maioria? O Senhor julgará os que assim praticam.
E o que falar das “vacas de Basã” (Am 4.1)? As mulheres em Samaria incitavam os maridos para manter a opressão e o luxo, pois do mesmo também desfrutavam. Não nos parece as “vacas de Basã” com as esposas de líderes cristãos inescrupulosos, aquelas que passam o dia (e todos os dias) nos shoppings procurando as últimas novidades, os recentes lançamentos? Que entregam o trabalho de oração às irmãs simples da igreja, enquanto o seu próprio trabalho é gastar, gastar e gastar? Para as vacas de Basã Amós profetizou:
Jurou o Senhor Jeová, pela sua santidade, que dias estão para vir sobre vós, em que vos levarão com anzóis e a vossos descendentes com anzóis de pesca. E saireis pelas brechas, uma após outra, e vos lançareis para Hermom, disse o Senhor. (Am 4.2-3).
- A injustiça social:
Portanto, visto que pisais o pobre e dele exigis um tributo de trigo, edificareis casas de pedras lavradas (casas luxuosas), mas nelas não habitareis; vinhas desejáveis plantareis (sítios e fazendas), mas não bebereis do seu vinho. Porque sei que são muitas as vossas transgressões e enormes os vossos pecados; afligis o justo, tomais resgate e rejeitais os necessitados na porta. (Am 5.11-12)
Reparem na riqueza de detalhes desta mensagem, e das suas similaridades com situações vivenciadas em nossos dias. Líderes exigem tributos (dízimos e ofertas), como já falamos, aumentam o patrimônio pessoal escandalosamente, enquanto irmãos necessitados deixam de ser atendidos e socorridos pelos mesmos líderes nos seus gabinetes pastorais. Os necessitados pedem socorro e ajuda, mas o líder nunca pode atendê-los, sempre ocupado em reuniões para tratar dos “negócios”, ou desfrutando do conforto e privilégios de suas riquezas injustas.
- A formalidade no culto e na adoração a Deus
Aborreço, desprezo as vossas festas, e as vossas assembleias solenes não me dão nenhum prazer. E, ainda que me ofereçais holocaustos e ofertas de manjares, não me agradarei delas, nem atentarei para as ofertas pacíficas de vossos animais gordos. Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos; porque não ouvirei as melodias dos teus instrumentos. (Am 5.21-23)
Assim como fez Isaías acerca de Judá e Jerusalém (Is 1.1, 10-20), Amós também anuncia o aborrecimento de Deus diante da hipocrisia manifesta nas festas e reuniões solenes de adoração.
Uma festa após outra, um aniversário após outro, um culto após outro, e nada de mudança de atitude, de submissão, de obediência à Palavra de Deus. Nunca se fez tanta festa em meio a tanta injustiça: […] os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem. (Jo 4.23)
ACUSAÇÃO E REJEIÇÃO DO MINISTÉRIO PROFÉTICO DE AMÓS 
Como era de se esperar, por não compactuar com os interesses dos poderosos e do “rei”, Amós é acusado de conspiração contra o rei e “convidado” a se retirar de Israel: 
Então, Amazias, o sacerdote de Betel, mandou dizer a Jeroboão, rei de Israel: Amós tem conspirado contra ti, no meio da casa de Israel; a terra não poderá sofrer todas as suas palavras. Porque assim diz Amós: Jeroboão morrerá à espada, e Israel certamente será levado para fora de sua terra em cativeiro. Depois, Amazias disse a Amós: Vai-te, ó vidente, foge para a terra de Judá, e ali come o pão, e ali profetiza; mas, em Betel, daqui por diante, não profetizarás mais, porque é o santuário do rei e a casa do reino. (Am 7.10-13)
Todo líder opressor e explorador possui bajuladores a seu serviço. Amazias, o sacerdote de Betel, se enquadra perfeitamente nesse perfil. Bajuladores estão sempre procurando “conspiradores”, ou seja, aqueles que não se enquadram no “esquema” ou “sistema” do rei. Que na direção do Espírito alertam e denunciam o pecado. Quando os bajuladores assim agem, estão na verdade defendendo os seus próprios interesses e privilégios. Bajuladores não são amigos do “rei”, são oportunistas descarados. Você conhece algum?
Foge para a terra de Judá […] e ali profetiza“. Como já falamos, é sempre mais confortável quando a profecia é direcionada para os outros. Amazias manda que Amós retorne ao seu lugar de origem.
Outro fato é digno de nota na fala de Amazias: “não profetizarás mais, porque é o santuário do rei e a casa do reino“. Nos dias atuais, muitos líderes cristãos estão fazendo da igreja propriedade particular. São os donos do santuário. Governam como donos, e quando estão para jubilar ou morrer tratam de transferir o “seu” ministério ou o “seu” campo (o santuário e a casa do reino) para alguém da família.
Com certeza, como foi nos dias de Amós, Deus julgará os que na atualidade rejeitam a advertência do Senhor, e escolhem viver conforme as suas próprias concupiscências.
Para encerrar, penso que a melhor maneira é usando uma das frases proferidas por Amós: “Bramiu o leão, quem não temerá? Falou o Senhor Jeová, quem não profetizará?” (Am 3.8)
Jundiaí-SP, 22/10/2012