LIÇÃO
08 - A REBELDIA DOS FILHOS - INÁCIO DE CARVALHO NETO
Texto da leitura bíblica em classe:
12 Eram, porém, os filhos de Eli
filhos de Belial e não conheciam o SENHOR;
- Belial é uma palavra hebraica que, literalmente, significa “sem
valor, imprestável”, mas que é aplicada no sentido de iniquidade. Isso
significa que os filhos de Eli eram homens maus, obreiros degenerados na casa
de Deus, que se aproveitavam da sua posição para obter ganho ilícito e praticar
imoralidade sexual (Cf. Fp. 3.17-18).
- O nome “Belial” indicava o próprio Satanás (ver 2Co. 6.15), mas não
é possível afirmar se, naquela data tão remota, esse nome já havia adquirido
tal significado. Por isso mesmo, algumas versões, como a Revised Standard
Version, dizem algo como "homens indignos", dando ao termo uma força
adjetivada.
- Há dezenas de referências à expressão “filhos de Belial” na Bíblia
(Dt. 13.13; Jz. 19.22; Jz. 20.13; 1Sm.
1.16; 1Sm. 10.27;
1Sm. 25.17; 1Sm. 30.22; 2Sm. 23.6; 1Rs. 21.10,13; 2Cr. 13.7), assim como
“homem de
Belial” (1Sm. 25.25; 2Sm. 16.7; 2Sm. 20.1), “torrentes de Belial”
(2Sm. 22.5), “palavra de Belial” (Dt.
15.9), “homem de Belial” (Pv. 6.12), “testemunha de Belial” (Pv.
19.28), “conselheiro de Belial” (Na. 1.11)
e simplesmente “Belial” (Jó 34.18; 2Co. 6.15), todas com o sentido de
“mal, maldoso, diabólico”.
- Sem importar se os filhos de Eli, Hofni e Finéias, eram inspirados
pelo diabo em pessoa, o fato é que aqueles homens eram absolutamente corruptos
moral e espiritualmente, e chegaram a praticar iniquidades no próprio Lugar
Santo. Eles não tinham nenhuma consideração por Yahweh.
- A lei estipulava que as necessidades de todos os levitas deveriam
ser supridas por meio dos dízimos do povo (Nm. 18.20-24; Js. 13.14,33). Os
filhos de Eli abusaram de sua posição de sacerdotes para satisfazer sua
ganância pelo poder, posses e controle. Seu desprezo e arrogância tanto para o
povo como para a adoração enfraqueceram a integridade de todo o sacerdócio.
- Não conhecer o Senhor não é, como se poderia pensar, desconhecer o
fato da existência de Deus. Podemos estar certos de que Eli havia treinado seus
dois filhos no exercício do sacerdócio, mas eles rejeitaram os esforços do pai,
seguindo sua própria vereda pervertida. Os Targuns dizem aqui que eles
"não temiam Yahweh". E Kimchi asseverou: "Eles não conheciam o
caminho do Senhor", ou seja, não o conheciam na prática, visto
que teoricamente o tinham
aprendido. Trata-se, portanto, do
pecado de recusar-se a obedecer ao Senhor, que é a raiz
de todo pecado.
- Naqueles dias dos juízes em Israel, havia completo caos moral e
espiritual, e cada qual fazia o que lhe parecia melhor, em lugar de obedecer a
Deus (ver Jz. 21.25). O próprio sacerdócio havia caído nessa armadilha, pelo
que, na pessoa de Samuel estava sendo preparado um juiz e um profeta que
haveria de reverter tão indignas condições. Em Samuel, o oficio profético
haveria de substituir, em grande medida, o sacerdócio corrupto, servindo como
nova e vital força na vida espiritual do povo de Israel.
13 Porquanto o costume daqueles sacerdotes
com o povo era que, oferecendo alguém
algum sacrifício, vinha o moço do sacerdote, estando-se cozendo a carne,
com um garfo de três dentes em sua mão;
- Oferecendo alguém sacrifício de holocausto, era requerido que o
animal inteiro fosse consumido no fogo, em honra a Deus, nada sendo deixado
para os sacerdotes ou para alguma refeição comunal. Quanto a outros sacrifícios
de animais, entretanto, certas porções cabiam aos sacerdotes, e certas porções
cabiam aos ofertantes (que traziam o animal para ser saciificado) e respectivos
familiares. Nesses outros tipos de sacrifício, o sangue era derramado diante de
Deus, à base do altar, ao mesmo tempo que a gordura era queimada, dando a
entender que Deus aspirava o odor e se satisfazia com o sacrifício (ver Lv.
1.9; 29.18 quanto à idéia do aroma agradável. Ver Lv. 6.26; 7.11-24,28-38; Nm.
18.8 e Dt. 12.17,18 quanto às oito porções das ofertas que ficavam com os
sacerdotes).
- Os filhos de Eli, porém, não acompanhavam as instruções dadas a
Moisés. Antes, faziam o que bem entendessem, e comiam qualquer porção dos
sacrifícios que lhes apetecesse. Pretendendo tomar a parte que lhes cabia por
direito, eles ficavam com o que preferissem, e tanto quanto quisessem. No caso
das ofertas pacíficas, os sacerdotes tinham direito ao ombro direito e ao
peito; mas a gordura era queimada sobre o altar, em honra a Deus, e o sangue
era vertido à base do altar.
- Este garfo era um utensílio usado no Tabernáculo para o holocausto.
Feito de bronze (Ex. 27.3), tinha três dentes para espetar a carne a ser
oferecida no altar. Os filhos de Eli o usaram para tirar mais carne da panela
do que lhes era permitido.
- O garfo de três dentes era usado para extrair certas porções da
carne que estivesse sendo cozinhada. Alguns estudiosos supõem que o costume
aqui mencionado fosse anterior às especificações das porções que os sacerdotes
podiam tomar para si mesmos, de modo que aquele garfo ficaria "pescando"
em busca de partes. O sacerdote deveria mostrar-se moderado, não demonstrando
cobiça nem glutonaria. A lei concedia ao ofertante e seus familiares as porções
restantes, depois que o sangue, a gordura, o ombro direito e o peito tivessem
sido removidos. Mas os filhos de Eli ficavam com qualquer porção que
desejassem.
- Este versículo mostra muitas irregularidades no tabernáculo nos dias
de Eli. Nenhuma criança e nenhum homem de qualquer outra tribo além da de Levi
deveria ministrar ao Senhor; o sacerdote deveria ter entre
30 e 50 anos de idade (Nm. 4.3,23,30,39); e o levita, de 25 a 30 anos
de idade (Nm. 8.24-25). Servos comuns não deveriam ficar no tabernáculo, tal
como aqui informado. Não-israelitas não deveriam chegar perto do tabernáculo
(Nm. 3.10,38). Somente certas partes das ofertas eram dadas aos sacerdotes, e
um servo não podia tirar da panela simplesmente qualquer parte (Ex. 29.24-27;
Lv. 7.34; 10.14-15). Tomar coisas à força não era permitido, tal como referido
nos v. 16-17.
14 e dava com ele, na caldeira, ou na
panela, ou no caldeirão, ou na marmita; e tudo quanto o garfo tirava o sacerdote tomava para si;
assim faziam a todo o Israel que ia ali a Siló.
- Não possuímos informações exatas sobre a natureza dessas
"caldeiras" ou "panelas". Mas devem ter sido grandes o
suficiente para cozinhar um bom pedaço de carne. O garfo de três dentes era
metido ali e o que conseguisse retirar, isso pertencia aos sacerdotes.
- Conforme foi mencionado nas notas sobre o versículo anterior, parece
que esse costume realmente antedatava a formalização das porções com as quais
os sacerdotes podiam ficar. O costume somente recomendava moderação. Mas os
filhos de Eli desconheciam o que isso significava.
- A lei, uma vez formalizada, poderia ser cumprida de modo específico,
por causa da tendência dos sacerdotes para a cobiça e a glutonaria. Hofni e
Finéias sabiam com quais porções de carne podiam ficar, mas propositadamente
iam além do que a lei prescrevia.
- A atitude deles retirava dos ofertantes a carna que lhes pertencia
(Lv. 7.31-35; Dt. 18.3), o que era contrário
à lei (Lv.
3.16; 7.23,25,30,31), fazendo
com que as
pessoas que os
viam agir assim desprezassem a oferta.
17 Era, pois, muito grande o pecado
desses jovens perante o SENHOR, porquanto os homens desprezavam a oferta do
SENHOR.
- Os filhos de Eli tinham “muito grande” pecado porque tomavam partes
dos sacrifícios antes deles serem
oferecidos ao Senhor
no altar. Eles
também comiam a
carna antes que
a gordura fosse queimada. Isto era contra a lei de Deus
(Lv. 3.3-5). Na realidade, os filhos de Eli tratavam os sacrifícios feitos ao
Senhor com desprezo. As ofertas eram dadas para demonstrar honra e respeito a
Deus enquanto buscava-se o perdão pelos pecados, mas, por sua irreverência, os
filhos de Eli realmente pecavam enquanto realizavam os sacrifícios. Para piorar
ainda mais, também dormiam com as mulhres que compareciam ao santuário (v. 22).
- O povo, observando os abusos praticados por aqueles dois homens
ímpios, acabou desprezando o pró- prio ofício sacerdotal e o culto. De fato, o
sacerdócio chegou a ficar tão corrompido que passou a ser alvo de zombarias.
- Alguns intérpretes pensam que o versículo significa que foram
aqueles homens ímpios que desprezavam as ofertas do Senhor, tratando-as com
escárnio. Embora este também seja um entendimento viável, não parece ser este o
melhor sentido do texto. Ao que parece aqui, os dois sacerdotes foram infiéis e
inspira- vam outros à infidelidade. E, assim, as práticas religiosas caíram em
total desrespeito. A total depravação do sacerdócio e do culto tornava
necessário um novo movimento religioso, o qual Samuel encabeçaria.
22 Era, porém, Eli já muito velho e
ouvia tudo quanto seus filhos faziam a
todo o Israel e de como se deitavam com as mulheres que em bandos se ajuntavam
à porta da tenda da congregação.
- Eli, provavelmente, tinha mais de 90 anos, visto que chegou aos 98
anos em I Sam. 4.15, o que indica que, ao menos no caso do sumo sacerdote, o
limite de 50 anos de idade para servir não era respeitado. A idade avançada
havia diminuído suas forças, e ele estava quase incapacitado de cumprir seu
ofício. Entrementes, seus dois filhos pioravam cada vez mais, fazendo do
tabernáculo um bordel! Talvez Eli fosse forte quando era mais novo, mas a
passagem dos anos roubou-lhe o vigor e a autoridade. Ademais, que homem é capaz
de dizer a um filho adulto o que ele deve fazer?
- Eli sabia que seus filhos eram maus, mas pouco fez para corrigi-los
ou impedi-los, mesmo quando a integridade do santuário de Deus fora ameaçada.
Como o sumo sacerdote, Eli deveria ter respondido mediante a correção de seus
filhos (Nm. 15.22-31). Mas não é de se admirar que ele tenha preferido não
confrontar a situação. Ao ignorar suas ações egoístas, Eli permitiu que seus
filhos arruinassem suas próprias vidas e as de muitos outros. Existem momentos
em que os problemas difíceis devem ser confrontados, ainda que o processo e as
consequências sejam dolorosos.
- É provável que a maioria das mulheres com quem aqueles homens ímpios
praticavam sexo não eram seduzidas e, sim, forçadas. O lugar fora transformado
em um antro de práticas imorais, no qual homens e mulheres se atarefavam,
desavergonhadamente, em práticas imorais. O sacerdócio e o culto haviam caído
em total desgraça.
- As mulheres com quem os filhos de Eli praticavam imoralidades sem
dúvida pertenciam a várias classes: mulheres que trabalhavam nas proximidades,
limpando e mantendo as coisas em boa ordem (ver Ex. 38.8, quanto a mulheres
trabalhadoras que tinham deveres à porta do tabernáculo); mulheres que traziam
sacrifícios e outras coisas. É até mesmo possível que, em imitação aos templos
pagãos, tivesse sido instituída ali alguma forma de prostituição sagrada,
paganizando totalmente o lugar.
- Há também quem afirme que se tratavam de uma classe especial que se
dedicava ao serviço do tabernáculo. Elas haviam renunciado a quaisquer ligações
com o mundo e com a vida no lar para se consagrarem como mulheres santas. Esta
classe começou nos tempos de Moisés (Ex. 38.8) e continuou até a época de
Cristo (Lc. 2.37).
23 E disse-lhes: Por que fazeis tais
coisas? Porque ouço de todo este povo os vossos malefícios.
- Eli era sempre o último a saber das profundas corrupções que os
filhos perpetravam no Lugar Santo; mas finalmente ele ouvia rumores. A
reprimenda era firme, mas seus filhos não se dispunham a ouvir "o
velho". Aqueles homens ímpios preferiam os prazeres pecaminosos ao culto a
Deus, agindo como típicos homens profanos. Eles cometiam pecados escandalosos
que mereciam muito mais que uma simples reprimenda; mas Eli parecia não ser
capaz de fazer mais do que apenas falar. O próprio Deus teria de removê-los por
meio da morte (v. 25). Coube aos filisteus matar aqueles homens, cumprindo
assim a sentença de morte que havia sido proferida (ver 1Sm. 4.10,11).
- As palavras de Eli foram por demais gentis e brandas, se levarmos em
conta a ofensa da qual eles eram culpados. Eles mereciam, em verdade, ser
chamados filhos de Belial, filhos do diabo, brutos miseráveis e sem-vergonha,
ou coisas que tais.
- Mas nenhuma palavra teria feito diferença. Provavelmente o sumo
sacerdote possuía autoridade para determinar a execução deles, mas estava
moralmente fraco demais para fazer isso e continuava a amar os filhos
renegados.Ele tinha autoridade para expulsá-los imediatamente do lugar, ímpios
e sem proveito como eram. Mas isso ele não queria fazer, e a ruína deles foi a
consequência. Não é fácil aplicar a dureza da disciplina, pois, algumas vezes,
a disciplina machuca. Porém, há ocasiões em que a dor é melhor que os prazeres.
- Eli protestou contra os atos vis de seus filhos, mas não os
destituiu do seu encargo ministerial, como devia (Nm. 15.30-31). Essa falta da
parte de Eli equivalia a desprezar a Deus (ou seja, a natureza santa de Deus e
os seus padrões para o ministério (v. 30). A Palavra de Deus declara que nenhum
obreiro de conduta imoral pode ser dirigente do povo de Deus; os tais devem ser
afastados dos cargos que ocupam.
24 Não, filhos meus, porque não é boa
fama esta que ouço; fazeis transgredir o povo do SENHOR.
- Hofni e Finéias não somente pecavam, mas também levavam o povo de
Deus a pecar. Por isso o pecado deles era tão grande. Ensinou Jesus:
"Qualquer, pois, que violar um destes menores mandamentos e assim ensinar
aos homens será chamado o menor no Reino dos céus; aquele, porém, que os
cumprir e ensinar será chamado grande no Reino dos céus" (Mat. 5.19).
- Eles faziam outras pessoas pecar, devido ao seu mau exemplo e também
a seus atos deliberados. A
imoralidade desavergonhada deles corrompia a vida religiosa interior
do povo todo".
- Os filhos de Eli conheciam bem a verdade, mas continuaram a
desobedecer a Deus, deliberadamente enganar, seduzir e roubar o povo. Por isso
o Senhor planejou matá-los. Qualquer pecado é errado, mas o pior tipo de erro é
o executado deliberada e fraudulentamente. Quando pecamos por ignorância, não
merecemos tanto o castigo. Mas quando agimos intencionalmente, as consequências
são as mais severas. Não ignore as advertências de Deus sobre o pecado.
Abandone a transgressão antes que ela se torne a causa de sua destruição.
25 Pecando homem
contra homem, os juízes o julgarão; pecando, porém, o homem contra o SENHOR, quem rogará por ele? Mas não ouviram a voz de
seu pai, porque o SENHOR os queria
matar.
- A lei provia punições para os pecados e permitia que os juízes
tomassem decisões a respeito. Eles arbitravam em casos nos quais uma pessoa
tivesse ofendido ou maltratado outrem. Portanto, havia um sistema próprio de
repreensões e castigos, quando os casos envolviam homem contra homem.
- Mas os filhos de Eli haviam entrado no perigoso campo das ofensas
contra o próprio Deus. E, nesse caso, nenhum juiz humano podia ser convocado
para decidir a questão. A sentença de morte seria executada pelo próprio Deus,
o qual haveria de usar os temidos filisteus para a execução. Podemos ter
certeza de que os filisteus não mostrariam misericórdia.
- Eli era espiritualmente sensível para saber que algum julgamento
temível estava a caminho, e tentava livrar os filhos das consequências,
mediante um arrependimento genuíno e a mudança de conduta. Porém, Eli estava
falando com bestas brutas, que se riam por dentro.
- A própria Bíblia responde à questão de Eli aqui colocada: Cristo é
aquele que pode mediar a causa do homem com Deus e Ele é quem apaga os pecados
de todos os homens que nEle buscam a reconciliação (Mt. 26.28; Jo. 3.16; Rm.
1.16; 5.1-21; 8.1-13; 1Co. 6.9-11; 2Co. 5.14-21; Cl. 1.20-21; 1Tm. 2.4-5; 1Jo.
1.7-9).
- Visto que Deus tinha resolvido destruí-los, coisa alguma poderia
convencê-los a mudar de atitude. Os pecados deles eram tais que agora só se
poderia esperar o julgamento divino. E mesmo que chegassem a arrepender-se,
esse ato não salvaria sua vida física, embora, como é óbvio, pudesse ajudar sua
alma. Em outras palavras, aqueles homens miseráveis tinham ido longe demais,
tão longe, de fato, que não havia mais possibilidade de dar meia-volta e salvar
a vida. Pelocontrário, haveriam de piorar cada vez mais, até que o julgamento
divino desabasse sobre eles. A lei da colheita segundo a semeadura teria
cumprimento de maneira drástica.
- Não se deve retirar da parte final deste versículo qualquer defesa à
doutrina calvinista da pré-destinação. O Senhor “os queria matar” porque eles
eram maus, porque eles voluntariamente escolheram desobedecê- Lo, não porque
Deus é mau a ponto de escolher quem vai e quem não vai aceitar a salvação.
- Para Hofni e Finéias, já se passara o dia da salvação, pois já
tinham extinguido o Espírito em suas vidas (1Ts. 5.19), chegando à beira da
blasfêmia (Mt. 12.32), estando, pois, destinados por Deus à condenação e à
morte (Rm. 1.21-32; Hb. 3; 10.26-31). Iam morrer como resultado da sua própria
e insolente desobediência e da sua recusa de arrepender-se.
- Mas um
Deus amoroso realmente
desejaria matar uma
pessoa? Consideremos a
situação no Tabernáculo: alguém
fazia uma oferta a fim de ter seus pecados perdoados; os filhos de Eli
roubavam-na e eram hipócritas à atitude de arrependimento da pessoa. Deus, em
seu infinito amor por Israel, jamais deixaria que esta situação continuass. Ele
permitiu que os filhos de Eli morressem como resultado de sua presunção. Eles
levaram a Arca para a batalha, porque julgavam que ela os protegeria. Mas o
Senhor retirou sua proteção, e os perversos sacerdotes foram mortos (1Sm.
4.10-11).