Pré Aula_Lição 13: A verdadeira motivação do crente
EV. DR CARAMURU
Lição 13 - A verdadeira motivação do crente
LIção 13 - A Verdadeira Motivação do Crente
INTRODUÇÃO
O que significa motivação? Quais as intenções que o salvo não deve ter em seu
coração ao realizar o serviço para Deus e quais as que ele deve ter? Nesta
lição, veremos estas questões que permeiam a vida cristã. Destacaremos ainda o
grande evento do Tribunal de Cristo onde todos os salvos serão julgados pelo
serviço que desempenharam em prol do Reino de Deus aqui na terra e da
recompensa que receberão aqueles que procederam com amor e fidelidade.
I – O QUE SIGNIFICA MOTIVAÇÃO
O dicionário diz que significa: “ato ou efeito de motivar; exposição de motivos
ou causas; conjunto de fatores psicológicos de ordem fisiológica, intelectual
ou afetiva, os quais agem entre si e determinam a conduta de um indivíduo”. Já
a palavra motivo do latim “motivu”, 'que move' quer
dizer: “fim, intuito. Fica explícito que a palavra motivação alude a intenção,
propósito ou objetivo com que fazemos as coisas. No contexto da nossa lição,
diz respeito as intenções com que executamos a obra do Senhor.
II – COMO NÃO DEVEMOS FAZER A OBRA DE DEUS
2.1 Com má vontade.A expressão mal do grego “kakos” quer dizer: “tudo o que é mau em
caráter, vil, desprezível”. Portanto, não podemos fazer a obra de Deus com má
vontade. O apóstolo Paulo tinha esta consciência por isso disse: “Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me
gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim, se não anunciar o
evangelho! E por isso, se o faço de boa mente, terei prêmio; mas, se de
má vontade, apenas uma dispensação me é confiada” (II Co 9.16,17).
2.2 Com orgulho.O Aurélio define a palavra “orgulho”
como “conceito elevado ou exagerado de si próprio; amor próprio demasiado;
soberba”. Do grego “alazonia” ou “alazoneia” que é traduzido em (I Jo 2.16)
por “soberba”. Este foi o sentimento que levou o querubim ungido a ruína (Is
14.13-19; Ez 28.13-19). Aqueles que desejam servir a Deus não podem fazê-lo com
orgulho, pois a Bíblia nos exorta a termos cuidado com este sentimento (I Tm
3.6; Pv 16.18,19; Tg 4.6). Vejamos dois exemplos bíblicos de pessoas que agiram
com orgulho e foram prejudicadas:
·
O Rei Nabucodonosor.Apesar de ter sido
avisado divinamente por um sonho que foi interpretado pelo profeta
Daniel, que não deveria agir impiamente e se ensoberbecer (Dn 4.4-27). Após
passado um ano, este rei agiu orgulhosamente e sofreu as consequências por isso
(Dn 4.28-33).
·
O Rei Uzias. Deus o fez
prosperar enquanto este o buscou (II Cr 26.4,5), porém seu coração se exaltou e
ele intentou queimar incenso, função esta que cabia apenas ao sacerdote (II Cr
26.16), porém mesmo sob aviso, o rei agiu loucamente e recebeu a punição pelo
seu pecado (II Cr 26.17-21).
2.3 Com o propósito de ser visto. Nosso Senhor Jesus
Cristo, preveniu seus seguidores de não procederem como os hipócritas
religiosos que entregavam suas esmolas e seus sacrifícios com a finalidade de
serem vistos pelos homens e não por Deus, isto porque desevajam receber louvor
(Mt 6.2,5; 23.5). Este foi o terrível erro de Ananias e Safira, pois eles
haviam observado como Barnabé ficou bem visto pela congregação após doar de
coração o valor da sua fazenda para os apóstolos
administrarem
(At 4.36,37), de igual modo venderam sua propriedade, no entanto, combinaram
entre si mentir quanto ao valor da venda, retendo assim parte do dinheiro,
alegando ser o dinheiro todo (At 5.2), o que resultou em sentença de morte (At
5.4,5; 5.9,10).
III – COMO DEVEMOS FAZER A OBRA DE DEUS
Vimos acima alguns motivos que não devem permear o coração de quem serve a
Deus, todavia, veremos agora quais virtudes devem nos mover ou impulsionar ao
serviço cristão. Vejamos algumas:
3.1 Com amor. O apóstolo Paulo diz que amor é a principal
das três virtudes cristãs (I Co 13.13), ele é também o fruto do Espírito no
cristão (Gl 5.22). Portanto, tudo o que fazemos deve ter esta característica do
fruto como motivação, senão, qualquer coisa que fazemos não terá valor: “... e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria” (I Co 13.3b).
Portanto, o apóstolo ainda diz: “Todas as vossas
coisas sejam feitas com amor” (I Co 16.14).
3.2 Com humildade. O Aurélio diz que humildade é a
virtude que nos dá o sentimento da nossa fraqueza, limitação. Portanto, o servo
de Deus que realiza a sua obra com êxito, não deve se gloriar jamais, pois
reconhece as suas militações; e que os bons resultados de tudo quanto faz
ou executa para Deus deve glorificá-lo pois o seu prazer consiste em reconhecer
a suficiência do poder do Espírito em seu trabalho e que deve proceder
humildemente como ensina as Escrituras (Pv 15.33; 18.12; 22.4; Fp 2.3; Cl 3.12;
I Pe 5.5).
3.3 Como ao Senhor. A Bìblia nos ensina que devemos fazer
as coisas prioritariamente para Deus (Ef 6.7; Cl 3.23), isto não significa
dizer que fazendo para os homens, não estejamos fazendo para Deus (II Co 8.5).
A Bíblia deixa claro que servindo aos homens de Deus com sinceridade de coração
e não para sermos vistos, estamos fazendo para Ele (Fp 4.18). Eis alguns
exemplos:
·
Samuel servia ao Senhor e a Eli:“E o jovem Samuel servia ao SENHOR perante Eli; e a palavra do SENHOR
era de muita valia naqueles dias; não havia visão manifesta”.
·
Eliseu servia a Elias:“Então respondeu um dos servos do rei de Israel, dizendo: Aqui
está Eliseu, filho de Safate, que derramava água sobre as mãos de Elias” (II Re
3.11b).
·
Priscila e Áquila serviram ao
apóstolo Paulo:“Saudai a Priscila e a Áquila, meus
cooperadores em Cristo Jesus” (Rm 16.3).
IV - TRIBUNAL DE CRISTO: O JULGAMENTO DAS NOSSAS OBRAS
Em (Rm 14.10), o apóstolo Paulo usa o termo grego “bema” que quer dizer
“degrau”, que originalmente indica uma plataforma elevada, usada pelos juízes
em seus julgamentos formais. Isto ilustra o tipo de julgamento a que serão
submetidos os crentes salvos, que biblicamente é denominado de Tribunal de Cristo (II Co 5.10). Neste tribunal, os
salvos serão avaliados cada um segundo as suas obras. A expressão “obra” do grego “ergon” significa: “trabalho, ação, ato”.
Logo, é extremamente importante ressaltar que apesar do cristão não ser salvo pelas obras (Ef 2.8,9), ele é salvo para as obras (Ef 2.10). Ali os remidos
receberão da parte do Senhor o louvor ou a censura que merecer. Vejamos algumas
características desse julgamento:
4.1 Esse julgamento será meticuloso. Neste julgamento cada um receberá “segundo
o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal” (II Co 5.10). A
expressão “bem” do grego“agaton”, quer dizer algo
“espiritual e moralmente bom ou útil aos olhos de Deus”, já o termo “mal” do
grego “phaulos” significa: “sem
valor, iníquo; inclusive egoísmo, inveja e preguiça”. Nada ficará oculto
(Rm 2.16). Tudo será julgado, especialmente os nossos motivos (I Co 4.5). O
Aurélio diz que a expressão “meticuloso” significa: “que se preocupa com
detalhes; minucioso, esmiuçador”. Portanto, o Senhor Jesus Cristo, julgará a obra de cada crente pela motivação com a qual foi
feita, disto nos assegura o apóstolo Paulo: “...mas
veja cada um como edifica sobre ele” (I Co 3.10).
Confira ainda: (I Co 13.3; Cl 3.23,24; Hb 6.10).
4.2 Esse julgamento será revelador. A palavra “revelar” do grego “apokalypsis” significa “revelar, tirar o véu, descobrir”. Esta expressão implica o levantar de uma cortina para que todos possam ver o que está sendo mostrado. Segundo o apóstolo Paulo, será deste modo a avaliação da obra de cada salvo no Tribunal de Cristo: “A obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um” (I Co 3.13). A expressão “o fogo provará” diz respeito ao crivo que as obras passarão sob o olhar de Cristo que é como chamas de fogo (Ap 1.14), que fala da sua onisciência, pois Ele tudo vê, conhece, perscruta e que diante dEle todas as coisas estão nuas e patentes (Hb 4.13).
4.2 Esse julgamento será revelador. A palavra “revelar” do grego “apokalypsis” significa “revelar, tirar o véu, descobrir”. Esta expressão implica o levantar de uma cortina para que todos possam ver o que está sendo mostrado. Segundo o apóstolo Paulo, será deste modo a avaliação da obra de cada salvo no Tribunal de Cristo: “A obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um” (I Co 3.13). A expressão “o fogo provará” diz respeito ao crivo que as obras passarão sob o olhar de Cristo que é como chamas de fogo (Ap 1.14), que fala da sua onisciência, pois Ele tudo vê, conhece, perscruta e que diante dEle todas as coisas estão nuas e patentes (Hb 4.13).
4.2.1 Obras sem valor. O apóstolo diz que
as obras feitas com intenções erradas podem ser comparadas a “... madeira, feno, palha” (I Co 3.12). Assim
como estes materiais ao serem colocados no fogo são destruídos, de igual modo,
as más intenções por trás das obras tornarão elas inúteis, todavia, mesmo o
crente sendo reprovado pelo seu trabalho, não deixará de ser
salvo “Se a obra de alguém se queimar,
sofrerá detrimento; mas o tal será salvo, todavia como pelo fogo” (I Co 3.15).
4.2.2 Obras com valor. O trabalho
desenvolvido pelo salvo com motivos nobres será assemelhado a “...ouro, prata, pedras preciosas...” (I Co 3.12). Estes
elementos quando postos ao fogo, não se destroem, porque são duradouros, por
isso o apóstolo Paulo compara com as boas obras praticadas pelos salvos, que
quanto analisadas aos olhos de Cristo não se destruirão, antes permanecerão: “Se a obra que alguém edificou nessa
parte permanecer, esse receberá galardão” (I Co
3.14).
4.3 Esse julgamento será recompensador. Essa recompensa refere-se ao galardão, expressão do grego “misthos” que significa: “salário, arrendamento”. Somente receberão, aqueles que trabalharam com amor no serviço do Senhor em prol do Reino de Deus (Ap 22.12). Não se sabe ao certo em que eles consistem, no entanto, temos a certeza de que ultrapassará a compreensão humana (I Co 2.9).
4.3 Esse julgamento será recompensador. Essa recompensa refere-se ao galardão, expressão do grego “misthos” que significa: “salário, arrendamento”. Somente receberão, aqueles que trabalharam com amor no serviço do Senhor em prol do Reino de Deus (Ap 22.12). Não se sabe ao certo em que eles consistem, no entanto, temos a certeza de que ultrapassará a compreensão humana (I Co 2.9).
CONCLUSÃO
Vimos nesta lição, como é importante antes de executarmos alguma obra para
Deus, avaliarmos as reais intenções que nos impulsionam a fazê-la. Visto que,
ainda que a atitude seja boa, se a motivação for ruim, não receberemos a recompensa.
Todavia, se agirmos fielmente e impulsionados pelo amor, nas obras que Deus
preparou de antemão para que andássemos nelas, ouviremos o louvor que vem de
Deus (I Co 4.5).
REFERÊNCIAS
·
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo
Pentecostal. CPAD.
·
VINE, W.E et
al. Dicionário Vine. CPAD.
·
HORTON, Stanley. Teologia Sistemática. CPAD.
·
COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Vencendo
as aflições da vida. CPAD.
·
ANDRADE,Claudionor de.Dicionário Teológico. CPAD.
·
CHAMPLIN, R.N. O Novo Testamento
Interpretado versículo por Versículo. HAGNOS.
COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA
DOMINICAL - PROF. PAULO AVELINO
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