Publicado
em 9 de Outubro de 2012 as 11:34:12 AM Comente
Texto
Básico: Oséias
1:1,2;2:14-17,19,20
INTRODUÇÃO
A relação
de Deus com Israel era como uma aliança conjugal. Israel havia se “casado” com
o Senhor no Sinai. Israel prometeu a Deus fidelidade. Porém, logo se desviou da
aliança e começou a flertar com outros deuses. Não tardou para que Israel
abandonasse a Deus, seu “marido”, para prostituir-se com outros deuses. A
idolatria é infidelidade a Deus; é rompimento da aliança; é quebra dos votos de
fidelidade. A idolatria é uma torpeza.
A profecia de Oséias foi a última tentativa de Deus em levar Israel a arrepender-se de sua idolatria e iniquidade persistentes, antes que Ele entregasse a nação ao seu pleno juízo. A ideia central da mensagem de Oséias é que o amor poderoso e inextinguível do Senhor por Israel não descansará enquanto não reconciliar toda a nação consigo. Mas, consequências trágicas se seguem quando o povo persiste em desobedecer a Deus, e em rejeitar-lhe o seu amor redentor.
A profecia de Oséias foi a última tentativa de Deus em levar Israel a arrepender-se de sua idolatria e iniquidade persistentes, antes que Ele entregasse a nação ao seu pleno juízo. A ideia central da mensagem de Oséias é que o amor poderoso e inextinguível do Senhor por Israel não descansará enquanto não reconciliar toda a nação consigo. Mas, consequências trágicas se seguem quando o povo persiste em desobedecer a Deus, e em rejeitar-lhe o seu amor redentor.
I. O
LIVRO DE OSÉIAS
1.
Contexto histórico. O
contexto histórico do ministério de Oséias é situado nos reinados de Jeroboão
II, de Israel, e de quatro reis de Judá (Usias, Jotão, Acaz e Ezequias; ver
Oséias 1:1), isto é, entre 755 e 715 a.C. As datas revelam que o profeta não
somente era um contemporâneo mais jovem de Amós, como também de Isaías e
Miquéias. O fato de Oséias datar boa parte de seu ministério mediante uma
referência a quatro reis em Judá, e não aos breves reinados dos últimos seus
reis de Israel, pode indicar ter ele fugido do Reino do Norte a fim de morar na
terra de Judá, pouco tempo antes de Samaria ter sido destruída pela Assíria
(722 a.C.). Ali, compilou suas profecias no livro que lhe leva o nome
(fonte:Bíblia de Estudo Pentecostal).
Oséias,
cujo nome significa “salvação”, é identificado como filho de Beeri (Os 1:1).
Nada mais se sabe do profeta, a não ser os lances biográficos que ele mesmo
revela em seu livro. Oséias profetizou ao reino de Israel(reino do Norte –
formado das 10 tribos). O ministério de Oséias, ao Reino do Norte, seguiu-se
logo depois ao ministério de Amós que, embora fosse de Judá, profetizou a
Israel. Amós e Oséias são os únicos profetas do Antigo Testamento, cujos livros
foram dedicados inteiramente ao Reino do Norte, anunciando-lhe a destruição
iminente. Oséias é um dos dois únicos profetas do Reino do Norte a terem um
livro profético no Antigo Testamento(o outro é Jonas).
Oséias
foi vocacionado por Deus a profetizar ao Reino de Israel, que desmoronava
espiritual e moralmente, durante os últimos quarenta anos de sua existência,
assim como Jeremias seria chamado a fazer o mesmo em Judá. Quando Oséias
iniciou o seu ministério, durante os últimos anos de Jeroboão II, Israel
desfrutava de uma temporária prosperidade econômica e de paz política, que
acabariam por produzir um falso senso de segurança. Porém, logo após a morte de
Jeroboão II(753 a.C.), a nação começa a deteriorar-se, e caminha velozmente à
destruição em 722 a.C. Passados quinze anos da morte do rei, quatro de seus
sucessores seriam assassinados. Decorridos mais quinze anos, Samaria seria
incendiada, e os israelitas deportados à Assíria e, posteriormente, dispersados
entre as nações.
Foi nesse cenário de luxo e de lixo, de glória humana e opróbrio
espiritual, de ascendência econômica e decadência moral, que Deus levantou
Oséias para confrontar os pecados da nação e chamá-la ao arrependimento. A
riqueza sem Deus é pior do que a pobreza. A riqueza sem Deus afasta o homem da
santidade mais do que a escassez.
Deus
ordenou a Oséias que tomasse “uma mulher de prostituições”(Os 1:2) a fim de
ilustrar a infidelidade espiritual de Israel. Embora há os que interpretem o
casamento do profeta como alegoria, os eruditos conservadores consideram-no
literal.
Nesse
declínio moral de Israel, todas as classes da sociedade se desmoralizaram. Os
príncipes, amantes da riqueza e do luxo, viviam desenfreados no pecado. Os
sacerdotes, que deveriam ensinar a verdade ao povo, tornaram-se bandidos
truculentos e cheios de avareza.
As coisas
foram de mal a pior, até que o profeta exclamou: “não há verdade, nem amor, nem
conhecimento de Deus. O que só prevalece é perjurar, mentir, matar, furtar e
adulterar, e há arrombamentos e homicídios sobre homicídios” (Os 4:1,2).
A religião de Israel tornou-se sincrética, e o povo misturou o culto a Deus com o culto a Baal. A idolatria sensual desembocou na mais repugnante imoralidade. A vida Familiar caiu no abismo da dissolução. Não resta dúvida de que Oséias viveu durante os tempos mais turbulentos e inquietos pelos quais a nação jamais passara. Os séculos passaram, e hoje ainda assistimos a esse mesmo desvio religioso denunciado por Oséias.
A religião de Israel tornou-se sincrética, e o povo misturou o culto a Deus com o culto a Baal. A idolatria sensual desembocou na mais repugnante imoralidade. A vida Familiar caiu no abismo da dissolução. Não resta dúvida de que Oséias viveu durante os tempos mais turbulentos e inquietos pelos quais a nação jamais passara. Os séculos passaram, e hoje ainda assistimos a esse mesmo desvio religioso denunciado por Oséias.
2.
Estrutura. O Livro
de Oséias é o primeiro dos Profetas Menores e o mais extenso deles. Como nenhum
outro, este Livro aborda de forma eloquente o amor perseverante de Deus a um
povo rebelde e recalcitrante. Ele contém cerca de 150 declarações a respeito
dos pecados de Israel, sendo que mais da metade deles relaciona-se à idolatria.
Mais do que qualquer outro profeta do Antigo Testamento, Oséias relembra aos
israelitas que o Senhor havia sido longânimo e fiel em seu amor para com eles.
O Livro
pode ser dividido em duas partes principais: A primeira parte, composta dos
capítulos 1-3, descreve o casamento entre Oséias e Gômer. Os nomes dos três
filhos são sinais proféticos a Israel: Jezreel (“Deus-espalha”), Lo-Ruama
(“Não-compaixão”) e Lo-Ami (“Não-meu-povo”). A infidelidade da esposa de Oséias
é registrada como ilustração da infidelidade de Israel. O amor perseverante de
Oséias à sua esposa adúltera simboliza o amor inabalável de Deus por Israel. Se
o casamento de Oséias com Gômer retratava o amor de Deus a um povo ingrato e
infiel, os filhos de representavam o juízo de Deus a esse povo.
A segunda
parte, composta dos capítulos 4-14, contém uma série de profecias que mostram o
paralelismo entre a infidelidade de Israel e a da esposa de Oseías. Quando
Gômer abandona Oséias, e vai à procura de outros amantes(cap. 1), está
representando o papel de Israel ao desviar-se de Deus (caps. 4-7). A degradação
de Gomer (cap. 2) representa a vergonha e o juízo de Israel (caps. 8-10). Gomer
vai atrás de outros homens, ao passo que Israel corre atrás de outros deuses. Gomer
comete prostituição física; Israel, prostituição espiritual. Ao resgatar Gomer
do mercado de escravos (cap. 3), Oséias demonstra o desejo e intenção de Deus
em restaurar Israel no futuro (caps. 11-14).
O Livro de Oséias enfatiza este fato: por ter Israel desprezado o amor de Deus e sua chamada ao arrependimento, o juízo já não poderá ser adiado.
O Livro de Oséias enfatiza este fato: por ter Israel desprezado o amor de Deus e sua chamada ao arrependimento, o juízo já não poderá ser adiado.
3.
Mensagem. O Livro
de Oséias fala de julgamento e esperança. Cada uma das três partes principais
do livro começa com a ameaça de juízo divino sobre Israel (Os 1:2-2:13;
4:1-10:15; 12:1-13:16) e termina com a promessa de restauração divina (Os
2:14-3:5; 11:1-11; 14:1-9).
O teor da
profecia de Oséias é um testemunho dinâmico e severo contra o Reino do Norte
por ter se apostatado do concerto firmado. Todos conheciam bem a corrupção que
campeava pela nação no âmbito das questões públicas e particulares. O propósito
de Oséias era o de convencer seus compatriotas sobre a necessidade de se
arrependerem, restabelecerem a relação de concerto e dependerem do Deus paciente,
compassivo e perdoador.
O próprio
Deus chama o povo a voltar-se para ele: “Volta, ó Israel, para o Senhor teu
Deus; porque pelos teus pecados estás caído. Tende convosco palavras de
arrependimento e convertei-vos ao Senhor” (Os 14:1,2). Deus promete curar a
infidelidade do povo (Os 14:3) e ser para ele o bálsamo restaurador (Os
14:5-7).
II. O
MATRIMÔNIO
O
matrimônio é uma feliz celebração do amor. É o santo mistério de duas pessoas
que se tornam uma, o início de uma vida em comum e de compromissos. O casamento
é um mandamento de Deus e ilustra seu relacionamento com seu povo. Portanto,
não pode existir tragédia maior do que a violação desses votos sagrados.
Deus
ordenou a Oséias que buscasse uma esposa e revelou-lhe antecipadamente que ela
lhe seria infiel. Embora desse à luz muitos filhos, alguns deles seriam de
outros pais. Em obediência a Deus, Oséias casou-se com Gômer e seu
relacionamento com ela, a infidelidade dela e seus filhos tornaram-se exemplos
vivos e proféticos de Israel.
Esse
casamento é certamente um símbolo do adultério espiritual de Israel. A sua
profanação por parte de Gômer, fez o profeta compreender o verdadeiro
significado do pecado de Israel: adultério espiritual e até prostituição. O
pecado do adultério tem sido definido como “busca de satisfação em relações
ilícitas”. A prostituição é ainda pior, é o pecado de “prostituir bens
superiores por causa de dinheiro e de lucro”. A prostituição é tanto física
quanto religiosa. O povo de Israel era culpado de ambas.
O Rev.
Hernandes Dias Lopes, em seu livro “Oséias”(o amor de Deus em ação), destaca
duas interpretações principais acerca do casamento do profeta Oséias:
- Em
primeiro lugar, Gômer era uma mulher casta antes do casamento, mas tornou-se
infiel depois do matrimonio. Vários eruditos entendem que Gômer era uma mulher
casta antes do casamento e só se prostituiu depois que contraiu matrimonio com
Oséias. A razão principal para essa interpretação é que seria incompatível com
o caráter santo de Deus ordenar a seu profeta algo moralmente reprovável e
expor seu mensageiro a tal opróbrio.
Embora
essa interpretação nos seja mais aceitável, não é isso que o texto diz.
Vejamos: “Quando pela primeira vez falou o Senhor por intermédio de Oséias,
então lhe disse: Vai, toma uma mulher de prostituições e terás filhos de
prostituição; porque a terra se prostituiu, desviando-se do Senhor” (Os 1:2,
ARA). Como Gômer, Israel começou como idólatra, “casou-se” com Jeová e acabou
voltando à idolatria. Se Oséias tivesse se casado com uma mulher casta que mais
tarde tornou-se infiel, a expressão “mulher de prostituições” em Oséias 1:2
deveria significar, então, “uma mulher com tendência ao meretrício que viria a
prostituir-se posteriormente”, o que parece uma interpretação forçada desse
versículo.
- Em
segundo lugar, Gômer já era uma mulher prostituta antes do profeta se casar com
ela. Embora esse fato ofereça algumas dificuldades e nos cause certo
constrangimento, é exatamente isso que o texto afirma. Vários eruditos
subscrevem essa posição. Oséias amava Gômer não com base em suas virtudes, mas
apesar de seus pecados. É importante ressaltar que Oséias está representando o
amor incompreensível de Deus a um povo infiel. Quando Deus chamou Abrão para
formar por meio dele uma grande nação, tirou-o do meio de um povo idólatra.
Israel continuou ao longo dos anos sendo infiel a Deus, quebrando sua aliança e
indo após outros deuses. Ao se envolver com outros deuses, Israel adulterou, e
o esposo podia receitá-lo. A insistência de Israel na idolatria, com várias
divindades, configurava mais que adultério; era prostituição. O casamento
estava terminado; havia motivo mais que justificado.
É
importante destacar, ainda, que Oséias não desobedece, não questiona nem
protela a ordem de Deus. O Senhor lhe disse: “Vai, toma uma mulher de
prostituições e terás filhos de prostituição…” (Os 1:2). A resposta de Oséias é
imediata: “Foi-se, pois, e tomou a Gômer…” (Os 1:3). Nada se diz a respeito dos
sentimentos de Oséias nem sobre o processo pelo qual ele cumpriu a ordem. A
palavra eficaz de Deus Jeová estava em ação. A desobediência seria
inconcebível.
III. A
LINGUAGEM DA RECONCILIAÇÃO
1. O
casamento restaurado. Na ira,
Deus se lembra da sua misericórdia e faz promessas de restauração ao seu povo.
Os três oráculos desastrosos são totalmente alterados. O nome de cada filho é
transformado, passando de sinal de juízo para sinal de graça.
De modo
repentino, Oséias passa da tragédia para a promessa. Ele reúne palavras de
muito conforto às suas sombrias predições. Nos textos de 1:10 a 2:1, o profeta
prediz cinco grandes bênçãos a Israel: (a) crescimento nacional (Os 1:10a); (b)
conversão nacional (Os 1:10b); (c) reunião nacional (Os 1:11a); (d) direção
nacional (Os 1:11b); (e) restauração nacional (Os 2:1). Portanto, a restauração
é maior do que a queda.
Por não
ter ouvido a voz de Deus, Israel precisou receber a disciplina de Deus. O
cativeiro tornou-se o amargo remédio da cura. O fracasso de Israel, porém, não
destruiu os planos de Deus. Onde abundou o pecado do povo, superabundou a graça
divina. O amor de Deus prevaleceu sobre a sua ira; seu povo foi restaurado, e
sua infidelidade curada. Da noite escura do pecado brotou a luz da esperança.
Embora
Deus castigue seu povo pelos pecados cometidos, Ele encoraja e restaura os que
se arrependem. O verdadeiro arrependimento abre o caminho para um recomeço. O
Deus de toda a graça ainda restaura o caído. Deus ainda cura a infidelidade do
seu povo. Ele ainda se apresenta como orvalho para aqueles que vivem a aridez
de um deserto. A mensagem de Oséias ecoa em nossos ouvidos. A palavra de Deus é
sempre atual.
Ainda
existe esperança para os que se voltam para Deus. Nenhuma lealdade, realização
ou honra pode se comparar ao amor a Ele. Volte-se para o Senhor enquanto o
convite ainda está de pé. Não importa o quanto você tenha se desviado, Deus
sempre está disposto a perdoá-lo. É tempo de nos voltarmos para o Senhor!
2. O vale
de Acor e a porta de esperança. Deus rejeita Israel: é este o vale de Acor. Deus
reivindica Israel: esta é a porta da esperança. Deus transforma desespero em
esperança - “E lhe darei, dali, as suas vinhas, e o vale de Acor por porta de
esperança; será ela obsequiosa corno nos dias da sua mocidade, e como no dia em
que subiu da terra do Egito”(Os 2:15,ARA). Deus descreveu seu argumento contra
a nação de Israel; isto é, seus pecados a levariam à destruição (caps. 4, 6, 7
e 12), provocariam sua ira e resultariam em castigo (caps. 5; 8 a 10 ; 12 a 13).
Mas, mesmo em meio à imoralidade de seu povo, Deus se mostra misericordioso,
oferece-lhe a esperança como a expressão de seu infinito amor por Israel (cap.
11), e mostra-lhe que o arrependimento traria as suas bênçãos (cap. 14).
O vale de
Acor foi o lugar na entrada da terra prometida onde Israel foi derrotado por
Ai, em virtude do pecado de Acã (Js 7:24-26). Agora, Deus transforma o cenário
de desespero, tribulação e derrota, o vale da inquietação, em porta de
esperança. O vale de Acor é batizado por outro nome; em lugar de derrota e
fracasso, despontam a esperança e a vitória. Assim Deus afugenta os fantasmas
do passado de Israel.
3. A
reconciliação. Deus
transforma separação amarga em casamento permanente. A sentença de divórcio (Os
2:2) será anulada: “desposar-te-ei comigo para sempre” (Os 2:19). Essa aliança
é eterna. Não haverá divórcio nesse casamento. É evidente que o tom deste texto
é escatológico. Essa reconciliação terá seu ápice quando Cristo (o Messias) for
reconhecido e aceito pela nação de Israel no Dia de sua vinda (Os 3:5).
O
propósito divino era e é a recuperação de Israel, e seu elemento motivador era
e é o seu amor. Deus queria o povo de volta, perdoaria, refaria o casamento,
passaria uma borracha em tudo o que houve e se dispunha a amar com mais
intensidade uma esposa que não valia a pena. Nessa nova aliança, a esposa
conhece ao seu marido, o Senhor. “[ . . . ] e conhecerás ao Senhor” (Os 2:20b).
Conhecer, neste caso, não significa a percepção de um objeto por um sujeito ou
observador, mas, antes, o contato intimo e a comunhão que dois associados
experimentam quando entre eles existe o verdadeiro amor. Esta é uma das
promessas supremas da nova aliança com Israel – “Ainda te edificarei, e serás
edificada, ó virgem de Israel! Ainda serás adornada com os teus adufes e sairás
com o coro dos que dançam” (Jr 31:34). Esse conhecimento não será apenas
teórico, mas experimental. Haverá intimidade, comunhão, lealdade e amor. Israel
se deleitará em Deus, e Deus se deleitará em seu povo, Israel.
IV. O BANIMENTO
DA IDOLATRIA EM ISRAEL
1. Meu
marido, e não meu Baal. Deus transforma infidelidade em fidelidade - “E acontecerá naquele dia,
diz o Senhor, que me chamará: Meu marido; e não me chamará mais: Meu Baal” (Os
2:16). Temos aqui um nítido tom escatológico. “Naquele dia”, aponta para o
grande dia, o Dia do Senhor. Para nós, esse dia raiou no primeiro advento,
embora só vá alcançar o seu pleno fulgor no segundo. Quando esse Dia chegar, em
vez de Israel dirigir-se a Baal chamando-o de Baali, “meu senhor, meu mestre”,
se dirigirá ao Senhor, chamando-o de ishi, “meu marido”. Nesse tempo, a
infidelidade cessará, e a fidelidade a Deus será declarada. Esse será o tempo
da restauração. É importante esclarecer que Baal não é propriamente o nome de
uma divindade; é um termo genérico, significando “dono, senhor, possuidor,
marido, mestre”.
Israel
deixará o amante Baal, com quem vivia, e voltará para o esposo que a espera,
Jeová. Baal era um título padrão para divindades, desde o litoral da Filístia
até o vale da Mesopotâmia. Entretanto, foi Acabe quem, incentivado por sua
ímpia esposa Jezabel, de Tiro, na Fenícia, tentou combinar o culto a Baal com a
adoração a Deus, de forma que o primeiro veio a suplantar o segundo.
2. O fim
do baalismo. “E da
sua boca tirarei os nomes de baalins, e os seus nomes não virão mais em
memória”(Os 2:17). A idolatria cega as pessoas. Israel chegou a consultar um
pedaço de pau (Os 4:12). Aqueles que se entregam à idolatria, Deus os entrega
ao engano de seus corações. Eles ouvem a resposta de seus ídolos mortos (Os
4:12b) para a sua própria destruição. Israel correu atrás dos ídolos, seus
amantes, e atribuiu a eles as dádivas que vinham das mãos de Deus. Mas, no
devido tempo, Deus restaurará Israel. Inteiramente purificado do culto a Baal,
o povo se esquecerá dos “nomes dos baalins”.
Após a
primeira diáspora o povo judeu já não mais pratica idolatria a ídolos, a ponto
de serem dezenas, senão centenas os casos de martírios e genocídios de judeus,
ao longo dos séculos, precisamente pela recusa terminante de adoração a outros
deuses. Aliás, esta é a principal razão pela qual os judeus afirmam rejeitar a
Jesus e ao Cristianismo, por entenderem que há, entre os cristãos, indevida
divinização de Jesus e do Espírito Santo.
O
“baalismo” praticado pelos israelitas desprezava a religião espiritual que o
Senhor dos céus e da terra, o Redentor de Israel, exigia do seu povo. Essa
religiosidade focada no material, na prosperidade financeira mais do que nas
coisas espirituais, está de volta em nossos dias com outras roupagens. Nossa
geração corre atrás da bênçãos, mas não quer o abençoador. Nossa geração anda
atrás de coisas, e não de Deus. Ela está interessada no que Deus pode dar, e
não em quem Deus é. Mas chegará o Dia em que, conforme Jeremias 10:11 e Zacarias
13:2, os ídolos desaparecerão da Terra.
3. A
conversão de Israel. Após o
período de provação, de perda das instituições políticas e religiosas (Os 3:4),
Israel (entendido aqui não o reino do norte, mas o remanescente fiel das doze
tribos), finalmente, converter-se-á ao Senhor e ao Seu Ungido, aqui chamado de
Davi, na verdade, o Messias (Os 3:5). Israel ressurgiu enquanto nação
politicamente organizada mas ainda tem de ressurgir espiritualmente, como reino
sacerdotal peculiar de Deus (cf. Ex 19:5,6), o que somente se dará por ocasião
da vinda gloriosa de Jesus ao término da Grande Tribulação (Zc 12:1-3; Ap
1:7;19:11-21).
A conversão de Israel é fato que ocorrerá somente no término da septuagésima semana de Daniel(Dn 9:24). Somente com esta conversão é que haverá a extinção da transgressão na nação israelita, em que Israel, enquanto povo escolhido de Deus, será libertado do pecado (cf. Rm 11:25-32;Is 59:20; Sl 14:7; Zc 13:1).
A conversão de Israel é fato que ocorrerá somente no término da septuagésima semana de Daniel(Dn 9:24). Somente com esta conversão é que haverá a extinção da transgressão na nação israelita, em que Israel, enquanto povo escolhido de Deus, será libertado do pecado (cf. Rm 11:25-32;Is 59:20; Sl 14:7; Zc 13:1).
CONCLUSÃO
Assim
como Gômer, corremos o risco de procurar outros amores — amor ao poder, ao
prazer, ao dinheiro ou à fama. As tentações deste mundo podem ser muito
sedutoras. Será que somos leais a Deus e permanecemos completamente fiéis a
Ele, ou outros “amores” vieram ocupar seu legitimo lugar? Não deixe que os
costumes mundanos diminuam seu amor por Deus, ou o sucesso cegá-lo para a
necessidade de seu amor divino.
Lembre
se, Deus não quer que o nosso relacionamento com ele seja constituído de
palavras bonitas e de rituais vazios, de corações que se enchem de entusiasmo
num dia e no dia seguinte estão frios. Um ritual superficial jamais pode
substituir o amor sincero e a obediência fiel (l Sm 15:22,23; Am 5:21-23; Mq
6:6-8; Mt 9:13; 12:7).
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