segunda-feira, 1 de outubro de 2012


PROFETAS MENORES - Álvaro César Pestana - 2006 - © 2006 Álvaro César Pestana
[Extraídos e adaptados do livro A Bíblia toda em um ano]
Álvaro C. Pestana Os Profetas Menores 2006 - Um curso para Escola Dominical
Introdução geral aos profetas menores:
I. Quem são os profetas menores?
• São os 12 últimos livros de nosso Velho Testamento, de Oséias até Malaquias.
• Eles são chamados menores por causa do tamanho dos seus livros: todos os 12 livros cabiam em um único volume ou um único rolo escrito em hebraico.
• Os Judeus o chamavam de “O livro dos 12 profetas”.
• Eles são contrastados com os profetas maiores: Isaías, Ezequiel, Jeremias (+ Lamentações) e Daniel. Estes são chamados de maiores porque seus livros eram, normalmente, muito maiores e eram escritos em livros separados uns dos outros.
II. Qual a ordem bíblica dos profetas menores?
Na Bíblia, eles estão na seguinte ordem [devemos decorar esta ordem para poder encontrá-los].
Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias.
A lógica desta distribuição era a crença judaica que...
• os livros Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas e Miquéias tratavam do período do auge do poder Assírio.
• os livros Naum, Habacuque e Sofonias tratariam do período de declínio do poder Assírio
• e os livros Ageu, Zacarias, Malaquias seriam (e de fato são) da época após o exílio.
III. Qual a ordem cronológica dos profetas menores?
• Na verdade, a ordem histórica dos livros é outra. A ordem cronológica na qual os livros foram escritos é diferente de sua ordem de aparição na Bíblia.
• A ordem cronológica provável é: [é difícil saber a época de Joel - talvez ele seja o primeiro]
1. Profetas do período Assírio [antes de 606 a.C.]
Joel(?), Jonas, Amós, Oséias, Miquéias, Naum
2. Profetas do período Babilônio [entre 606 e 586 a.C.]
Habacuque, Sofonias, Obadias
3. Profetas do período após o exílio [depois de 538 a.C.]
Ageu, Zacarias, Malaquias
A HISTÓRIA DE ISRAEL E OS PROFETAS
ÉPOCA DOS PROFETAS - séculos X IX VIII VII VI
PROFETAS MENORES
Joel - Jonas - Amós - Oséias - Miquéias - Naum - Habacuque - Sofonias - Obadias - Ageu - Zacarias - Malaquias
IV. Qual a razão e o benefício de estudar os profetas menores?
1. Aprender a mensagem da Bíblia que nos ensina e consola – Rm 15.4
2. Aprender sobre a bondade e a severidade de DEUS – Rm 11.22
3. Aprender sobre JESUS – Jo 5.39
 
O observador mais superficial do conteúdo da Bíblia verificará que quase 80% do livro sacro é o Velho Testamento. Se a Bíblia toda é realmente a palavra de DEUS aos homens, torna-se patente que o Velho Testamento merece muito mais atenção do que normalmente recebe. Em todos os países, inclusive no Brasil, o povo de DEUS precisa redescobrir a significação e a atualidade do Velho Testamento. É verdade que a escola dominical oferece certo ensino nesta área, mas se limita geralmente ao conhecimento dos dados históricos. A interpretação desses dados é o trabalho do exegeta. Acontece, porém, que a maioria dos sermões oferecidos ao povo de DEUS se baseia, quase exclusivamente, no Novo Testamento. Os Salmos gozam de grande popularidade e representam talvez a leitura mais conhecida do Velho Testamento. A parte mais negligenciada parece ser os profetas menores, e por esta razão o autor preparou estudos bíblicos baseados neles, que foram apresentados aos estudantes da ABU e da ABS. O interesse suscitado no meio estudantil levou o autor a preparar, em forma permanente, este livrinho para o público maior.
O conhecimento das condições sócio-econômicas, políticas e religiosas da época dos profetas é indispensável à compreensão da mensagem profética. Quando as referidas condições se assemelham às nossas, não obstante a passagem dos séculos, então os profetas de ontem falam hoje, e o Velho Testamento se atualiza de uma maneira notável e também proveitosa.
Neste opúsculo segue-se quase sem mudança a ordem dos livros dos profetas menores adotada na Bíblia.
Desde o século VIII a.C. até o século V a.C., os profetas menores exerceram um ministério dirigido ao povo de DEUS, no período das maiores crises. Cinco deles profetizaram antes da queda de Samaria em 722 a.C., quando a nação ao norte, Israel, foi levada para o exílio na Assíria. Neste mesmo período antes do exílio de Israel na Assíria, DEUS levantou Isaías, o mais sublime de todos os profetas. Depois da queda de Samaria, o profeta Naum predisse a destruição de Nínive, capital da Assíria, o que se cumpriu em 612 a.C.
A pequena nação ao sul, Judá, não aprendeu a lição de Israel, por razões semelhantes, ela seria invadida e destruída pelos babilônicos cerca de 140 anos depois. Pelo fato de ser custódia do sagrado templo do Senhor, Judá achava absolutamente inacreditável a profecia ameaçadora da queda de Jerusalém. Jeremias, o profeta chorão, apoiado pelos dois profetas menores, Habacuque e Sofonias, advertiu debalde o povo de DEUS, e em 587 a.C. Jerusalém e o templo foram arrasados.
No período de 70 anos de exílio na Babilônia que se seguiu, Daniel e Ezequiel, profetas maiores, foram os principais porta-vozes do Senhor. O livrinho de Obadias tem o seu lugar no começo desse período exílico, e por conseguinte o capítulo dedicado neste livro à sua profecia é colocado depois de Sofonias, e não no lugar tradicional entre Amós e Jonas.
Os três últimos profetas menores, Ageu, Zacarias e Malaquias, pertencem ao período pós-exílico, isto é, após o ano 538 a.C., em que Ciro permitiu a volta dos judeus para a terra da promissão. Neste período os três profetas prepararam o povo para a realização da maior de todas as promessas divinas, a vinda do Messias.
Em certos casos é difícil estabelecer uma data segura para a composição de uma profecia. Os livros de Joel, de Jonas e de Naum são exemplos disso. Sendo a evidência cronológica interna às vezes inadequada, os eruditos adotam datas variadas baseadas no estilo utilizado e em considerações críticas. Embora sendo um assunto altamente relevante, a questão da data não diminui a significação espiritual e moral do recado profético. Para fins deste estudo, o autor adotou as datas conservadoras.
No cânon hebraico do Velho Testamento, os doze profetas menores formam um livro, ou coleção de escritos sacros denominada “Os Doze”. Na versão grega da Septuaginta, a mesma coletânea tem como título “Os Doze Profetas”. Nos séculos que precedem o nascimento de JESUS CRISTO, os judeus piedosos se alimentavam das gloriosas promessas messiânicas contidas no livro “Os Doze”. Assim o Velho Testamento termina com “Os Doze” e sua refulgente esperança num messias todo-poderoso. É altamente sugestivo que, após o longo silêncio do período intertestamentário, o Novo Testamento se abre com JESUS CRISTO e a escolha dos doze apóstolos como pregoeiros da boa nova da Salvação. Esta relação histórica, entre as promessas dos Doze no fim do Velho Testamento, e a sua realização através da missão dos Doze no início do Novo Testamento, deve despertar no povo de DEUS o afã de conhecer mais profundamente os escritos inspirados dos doze profetas menores, que ainda nos falam hoje. E então a palavra dos profetas menores será uma mensagem de justiça e esperança para hoje, para o homem deste final de século XX.
Dionísio Pape - Justiça e Esperança para Hoje - A Mensagem dos Profetas Menores
 
OBJETIVOS - Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Descrever o panorama geral dos profetas menores. 
Analisar a procedência da mensagem dos profetas menores. 
Compreender que os escritos dos profetas menores são divinamente inspirados.

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