sábado, 5 de maio de 2012

Juvenis-Lição 06: Na direção certa!
ENFOQUE BIBLICO
“Ensina-me a fazer a tua vontade, pois és o meu Deus; guia-me o teu bom espírito por terra plana” (Sl 143.10)
OBJETIVOS
Conscientizar os alunos de que não é difícil descobrir a vontade de Deus.
Demonstrar que Deus revela a sua vontade de muitas formas.
Enfatizar que a vontade divina é boa, agradável e perfeita.
INTRODUÇÃO
“Para teus filhos fala,e, no caminho bom,
Pela bondade os guia a pedir o santo dom;
Quererão consagrar-se para suas vidas dar,
Obedecendo a Cristo e com fervor O amar.” (Hino 151.2)
DESCUBRA A VONTADE DE DEUS
O ser humano tem anseios e é pretensioso até ai tudo bem, o homem é mesmo para ser assim. O problema é a ansiedade a pressa de receber, fazer, informar ou ser informado, leva o ser humano à precipitação, quando levado pela pressa não ouve o que Deus tem a dizer a seu respeito. Na adolescência é que vem o momento de tomar as decisões que vão nortear o futuro, geralmente aos dezessete anos termina o ciclo do ensino médio e vem o momento do vestibular.
Mas ai surge à pergunta: o que eu quero fazer? As influencias da família, amigos, tudo fica um tanto confuso, já falamos em lições passadas, fazer o que a maioria esta fazendo? Não, porque cada um tem uma vocação, mas qual é a sua? Como descobrir? Bem se você é um jovem temente a Deus, tudo vai ficar mais fácil. Deus deseja ajudá-lo nesta escolha (Is 58.11), tudo o que você tem a fazer é orar a Deus.
Quero aqui citar um exemplo bíblico de um jovem que nunca pensou em exercer a função a que foi escolhido. Esse jovem foi Davi, pastoreava as ovelhas de seu pai, certamente pensava em ser agricultor, agropecuário, mas nunca pensava em ser rei de Israel. Nem soldado do exercito ele era, mas na sua adolescência enquanto se preparava para decisões de cuidar da fazenda, Deus mandou Samuel ungi-lo a rei. Que surpresa teve aquele moço, seus irmãos o achava astuto, seu pai o achava pequeno e Deus o via como rei daquela grande nação.
Daniel é outro exemplo, passou no vestibular do rei da Babilônia foi escolhido dentre os mais bonitos. Que privilegio! Mas certamente sua mãe o ensinou a orar para saber qual a vontade soberana de Deus, não basta ser aprovado pelos homens ou pela inteligência. Precisamos alem de tudo a aprovação divina. É isso mesmo que Deus quer? Estando na direção de Deus, ai pode passar pela fornalha, ele estará junto, podemos ir à cova dos leões ele enviará anjos e fechará a boca dos leões.
A nossa alma esta sempre disposta a receber de bom grado a vontade divina, no entanto a nossa carne tem dificuldades. O povo do Israel no deserto comiam o maná, mas o desejo de comer da carne servida no Egito era muito maior (Nm 11.2-10). Deus até permitiu, não era essa a sua vontade, mas em sua ira enfastiou os israelitas com codornizes Nm 11.19,20; Sl 106.15). O vazio de nossa alma, o senso de inutilidade que daí decorre, encontram-se nas escolhas que fizemos, aquilo que apostamos. Há coisas que forçamos para que seja verdade, para que se realize e acabamos comprando uma ilusão, depois nos livramos, mas fica o vazio. Cuidado! Há coisas que estão erradas, mas tão ligado a nós que nos perdemos (Is 5.20).
O espírito do Egito pode estar em nós como estava nos hebreus queriam a carne, a batata, recusavam aquilo que o Eterno oferecia, podemos estar definhando devido a sintonia com o mundo. Há muitos cristãos satisfeitos com este século, as pregações neopentecostal provam isso – mesmo que sua alma definhe por falta de alimento divino, satisfaça sua carne com o ter e o poder. Alcançar a fama, conquistar a mulher ou o homem dos sonhos, já há cultos para resolver isso, realizar o ultimo desejo – objetivo criado. Jesus disse: “O que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?”
Aquilo que dá prazer faz aquilo que o lado irracional determina , come se todo tipo de bobagem nessa Disney Word da fé, e depois não sabe porque passa mal, o porque do vazio, a mente virou uma pasta, perdeu o referencial. Nossa atitude deve ser a do salmista: “Senhor não sei o que é bom para mim” (Sl 131.1,2) - Deus pretende nos ajudar (Os 2.14). Esse é o lugar que Deus nos fala, é lugar em que esvaziamos, abandonamos os desejos do Egito.
A VONTADE DE DEUS REVELADA DE VARIAS FORMAS
Bem Deus não tem uma forma única de se revelar ao homem, aquilo que aconteceu com um, dificilmente irá se repetir com outro. Jose teve sonhos, a Jeremias ele falou pessoalmente, a Abraão ele apareceu, falou com Moises face a face e há diversas maneiras de sua revelação na Bíblia Sagrada. Portanto Deus tem diversas maneiras de revelar-se a nós, pode ser por um difícil teste, há poucas vagas e diversos candidatos e o crente ora, estuda entrega a Deus e alcança pontos necessários para colocação, isso pode ser uma das maneiras de Deus estar aprovando.
Lembro-me que nos idos dos anos oitenta encontrei um jovem em uma oficina e antes que ele me falasse qualquer palavra, eu citei o seu nome e disse: “o que você tem que fazer não pense muito faça”. Aquele moço estava encostado em seu carro e muito pensativo, ele não me viu chegar e na minha concepção estava brincando e assustando-o quando o vi brilhar o seu rosto de tanta alegria, me cumprimentou entrou no carro e foi embora. Tratava-se de um vendedor bem sucedido, anos depois ele já pastor em uma grande igreja disse ser eu o portador da mensagem divina que a fez largar tudo e abraçar o ministério cristão. Eu jamais imaginava tal coisa, naquela manhã um pastor lhe tinha convidado para assumir uma igreja, mas ele tinha que largar tudo abrir mão do bom salário que ganhava e abraçar o ministério com uma ajuda de custo bem menor e essa era a razão de sua preocupação. Hoje ele é bem sucedido, mas foi Deus quem falou com ele, talvez não do jeito que ele queria, mas entendeu que foi de Deus aquela palavra.
É bom ouvir Deus e obedecê-lo e não ter que ouvir uma jumenta é muito ruim quando isso acontece, porque o erro já foi cometido, literalmente aconteceu com Balaão. A jumenta estava vendo as coisas espirituais e ele não. Aquele homem ganancioso estava fazendo o contrario da vontade de Deus a qual ele bem sabia qual era. Quantos estão procurando andar por outro caminho mesmo sabendo a vontade divina, Jonas também sabia e foi para outro lugar andou três dias no ventre de um grande peixe. Então há muitos que Deus fala e fala mais de uma vez e de diversas maneiras e o cidadão faz de conta que não é com ele, ai acontece da jumenta falar, de viajar de peixe. Quantos estão inertes, nervosos, prensados num barranco por uma jumenta espiritualmente falando, sem poder sair da situação e quantos estão nos bravios mares da vida, já perderam tudo e estão ao ponto de serem lançados no mar? Estão assim só porque não deram ouvido a palavra de Deus. Ainda há oportunidade de ouvir o que Deus quer a sua misericórdia é grande para conosco.
Como Deus vai falar, orientar você não sabe, agora sabemos é que ele vai falar, não tenha duvida. Isto não significa que temos que ficar dormindo esperando ele falar, vai estudando para o vestibular, preparando-se para aquilo que esta mais forte em seu coração, aquilo que você gosta. Não fique esperando que um anjo desça do céu com uma bandeja e um bilhetinho ou uma cartinha dizendo o que você tem que fazer. Leia a Bíblia e ore, Deus tomará a direção de sua vida.
A VONTADE DE DEUS É BOA, AGRADÁVEL E PERFEITA
Ao criar o homem Deus o dotou do livre arbítrio, o homem não é um robô manipulado, ele tem a liberdade de escolher. Deus respeita a aptidão de cada ser humano, jamais ele vai obrigar alguém ser advogado, quando a vocação deste for para medicina. O que não pode acontecer é forçar uma situação, a oração nos ajudará exatamente a sair disto e fazer totalmente a vontade divina. Reconhecer que a vontade de Deus é agradável e perfeita não é muito fácil assim. O livro do profeta Habacuque revela que o mesmo estava orando para Deus resolver o problema da nação pecadora e quando Deus mostrou a ele o que faria, o profeta se enclausurou, ficou irritado com a resposta divina. É o que acontece às vezes oramos e pedimos a direção a Deus e quando ele revela a nós o que vai fazer, não queremos aceitar.
Temos que entender que a vontade soberana de Deus é boa e agradável, essa vontade pode nos contrariar, mas a vontade permissiva que muitas vezes nos agrada pode permitir erros. Deus não queria dar rei humano a Israel, devido ao clamor do povo ele permitiu e ai tem a triste historia de Saul. Tudo porque o povo não aceitou a vontade soberana de Deus, ele deu um rei na sua ira e tirou no seu rancor.
Em oração pode alguém sentir que a vontade de Deus é que profissionalmente ele vá para outra região ou vice-versa. Mas as questões familiares, amizades, desobediência faz com que o jovem se torne imperioso, fazendo valer seu livre arbítrio resolve ficar, pode ser que a principio tudo vá muito bem, mas o futuro ser comprometedor. Não devemos fazer só porque sentimos no coração. O rei Davi passou por uma experiência desagradável por fazer o que sentia no coração (1Sm 27.1).
Usamos muito essa expressão: “senti no coração”, achamos que isso já é a vontade soberana de Deus. Esse sentimento pode nos levar a erros, a primeira razão do porque esse sentimento não é bom sem antes orarmos para uma confirmação é que por sentimento tal somos levados a desprezar a graça de Deus, Davi achou que seria morto por Saul. E a unção? Ele já havia sido ungido a rei. Em segundo lugar esse sentimento pode levar-nos a alianças com inimigos, aquilo que antes desprezávamos passa a fazer parte de nossas amizades, Davi escolheu morar com os filisteus. Em terceiro lugar as decisões que tomamos envolvem outras pessoas, como nossa família, amigos mais íntimos, muita gente foi envolvido na escolha de Davi.
Bem o sentimento do coração de Davi o levou a ser servo de Aquis, ganhando uma cidade, tendo a sensação de prosperidade. Há de fato decisões erradas que tomamos e a principio até testemunhamos como benção, parece que as bênçãos de Deus estão todas naquele lugar.
Durante um ano e quatro meses Davi viveu uma vida de mentiras, agia como judeu e em Ziclague agia como filisteu. Não demorou muito para ser descoberto e ai teve que tomar uma decisão (1Sm 29.1-3). Aquilo que parecia benção virou um tormento, a conseqüência de tomar decisões por ter sentido no coração foi ter a cidade saqueada, a benção virou maldição, a familia levada ao cativeiro, desespero dos que o seguiram (1Sm 30).
A vontade de Deus, não pode ser questionada ela é boa,agradável e perfeita, mesmo que a principio não a entendemos. Jose disse a seus irmãos amedrontados “Deus me mandou adiante de vós”. Às vezes o sofrimento é intenso, são lutas, provas, mas sentimos que as mãos de Deus estão dirigindo tudo. Então por que tomar outro caminho?
CONCLUSÃO
Como posso saber a direção certa? Entregando tudo a Deus, então vamos descobrir a sua santa vontade que é revelada de diversas formas e é boa, agradável e perfeita.
“Guia me sempre, meu Senhor,
Guia meus passos, Salvador;
Tu me compraste sobre a cruz;
Rege me em tudo, meu Jesus “ (Hino 141- coro)
Professoras e professores, para esta lição, apresento as seguintes sugestões:
- Iniciem a aula, cumprimentando os alunos, perguntem como passaram a semana. Escutem atentamente as falas dos alunos e observem se há alguém necessitando de uma conversa e/ou oração. Verifiquem se há alunos novatos e/ou visitantes e apresentem cada um.
Após a chamada, solicitem ao secretário da classe a relação dos alunos ausentes e procurem manter contato com eles durante a semana, através de telefone ou email.
Compreendem a importância desse ato?
Os alunos se sentirão queridos, cuidados, perceberão que vocês sentem falta deles. Dessa forma, vocês estarão estabelecendo vínculos afetivos com seus alunos.
- Falem do título da lição: Na Direção Certa! Acrescentem que, nesta aula, vamos estudar sobre a vontade de Deus e como descobri-la.
- Trabalhem os pontos abordados na lição, através do exemplo de dois personagens bíblicos: um que obedeceu e outro que não obedeceu à vontade de Deus.
Alguns pontos relevantes:
Como o personagem bíblico procurou a vontade de Deus?
Qual foi a vontade de Deus?
O personagem obedeceu?
Quais as consequências desta decisão?
Procurem contextualizar estas perguntas e respostas com a vida dos seus alunos.
- Para finalizar, utilizem a dinâmica “Vontade de Deus”. 
Dinâmica: A Vontade de Deus 
Objetivo: Refletir sobre a confiança de ser guiado por Deus, de acordo com a vontade dEle.
Material: uma venda.
Procedimento: 
- Escolham uma pessoa da classe ou outra que se apresente voluntariamente para representar um cego, para isto coloque uma venda sobre seus olhos.
- Mudem o aluno de posição e solicitem para que comece a caminhar até chegar a um determinado ponto da sala.
- Esperem que o aluno cego peça orientação e comecem a dar comandos para ele executar, como por exemplo: Siga em frente! Dobre à direita! Dobre à esquerda! Dê 03 passos para frente! Dê 02 passos para trás! etc.
- Retirem a venda do aluno e façam as seguintes perguntas:
Seria possível percorrer o caminho sem conhecer a orientação (a vontade) do guia?
Como você se sentiu sendo guiado?
Você entendeu de forma clara os comandos (a vontade) do guia?
O guia transmitiu confiança?
- Reflitam sobre as respostas do aluno “cego”, enfatizando a importância da segurança, da confiança que devemos ter em Deus e buscar Sua vontade.
- Pode acontecer que o aluno “cego” não execute alguns comandos que vocês falarem, porque pode confundir direita com esquerda e/ou não prestar atenção ao que está sendo orientado. Esta atitude proporcionará a vocês a oportunidade de falar que as ovelhas precisam obedecer aos pastores e estar atentas se a voz representa comandos verdadeiros ou falsos, tendo como padrão a Palavra de Deus.
- Enfatizem que obediência a Deus não é cega: Leiam Salmo 103.7 “Fez notórios os seus caminhos a Moisés, e os seus feitos aos filhos de Israel”.
- Para concluir, leiam: João 15. 7 e I João 5. 14 e 15

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