sexta-feira, 25 de maio de 2012

Lição 09-Adolescentes-Ultrapassando Fronteiras

Introdução
Quando a igreja se compromete com a missão integral e se propõe a comunicar o evangelho mediante todo o que é, faz e diz, entende que seu propósito não é chegar a ser grande em número, ou rica materialmente, ou poderosa politicamente. Seu propósito é encarnar os valores do Reino de Deus e testificar do amor e justiça revelado em Jesus Cristo, no poder do Espírito, em função da transformação da vida humana em todas as suas dimensões, tanto no nível pessoal como no nível comunitário. 
O cumprimento desse propósito pressupõe que todos os membros da igreja, sem exceção, apenas pelo fato de terem sido integrados ao Corpo de Cristo, recebem dons e ministérios para o exercício de seu sacerdócio, para o qual foram “ordenados” mediante seu batismo. A missão não é responsabilidade e privilégio de um grupo pequeno de fiéis que se sintam “chamados ao campo missionário” (geralmente no exterior), e sim de todos os membros, já que todos são membros do “sacerdócio real” e, como tais, foram chamados por Deus “para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1 Pe. 2:9) onde quer que se encontrem.
Como bem disse Brian D. Mclaren: “Para Cristo, seus ‘chamados’ (que é o que em realidade significa ‘igreja’) seriam também seus ‘enviados’ [ou missionários]. Segundo essa visão da igreja, não recrutamos pessoas para que sejam clientes de nossos produtos ou consumidores de nossos programas religiosos; recrutamo-las para que sejam colegas em nossa missão. A igreja não existe para satisfazer as demandas de consumidores cristãos; a igreja existe para equipar e mobilizar a homens e mulheres para a missão de Deus no mundo”. 
Fazendo Missão Transcultural
Não podemos falar sobre missão transcultural sem pelo menos tentar entender o que é cultura. Muitas vezes dizemos que fulano tem muita cultura porque ele ouve música clássica, gosta de teatro ou sabe usar todos os garfos e colheres que estão na mesa durante um jantar sofisticado. E dizemos que uma pessoa não tem cultura quando não se comporta de modo "civilizado". Cultura, no entanto envolve toda a criação humana. Ela é constituída do estilo de vida de toda uma sociedade, ou de um grupo especifico dentro da mesma.
Portanto, quando falamos de missão transcultural, estamos falando do esforço da Igreja em cruzar qualquer fronteira que separe o missionário de seu público alvo. Para se engajar na missão transcultural, você não tem que, prioritariamente cruzar barreiras político-geográficas. Porém, em nosso caso teremos que necessariamente cruzar barreiras mais conhecidas como a da lingüística, dos costumes, das etnias, das religiões, além das sociais, morais e etc.
É difícil para muitos falar sobre a tarefa da missão transcultural, quando muitas outras tarefas ainda continuam, diante da Igreja de Deus, por serem realizadas em nosso próprio contexto e local. Aquilo que é necessário ser feito localmente, tanto dentro como fora da igreja, demanda muito tempo e esforço das comunidades, acabando por ofuscar a visão das mesmas para a tarefa mais importante da Igreja, nesta virada de século e milênio, que é a evangelização transcultural.
Conseqüentemente, nós poderíamos dizer que o resultado desse tipo de atitude é que 25% da população mundial, ou seja 1,5 bilhões de pessoas, nunca ouviram do evangelho sequer uma vez. Porém, se falarmos em número de povos, vamos descobrir que da tabela dos 11.874 povos, 3.915 deles nunca ouviram do evangelho. E o que dizer das 240 tribos indígenas brasileiras, das quais 126 não possui presença missionária evangélica, enquanto que 06 tem situação indefinida. Será que estas pessoas não o direito de ouvir pelo menos uma vez na vida a mensagem de salvação?
É nesse sentido que a missão transcultural, ou a evangelização transcultural deve ser a mais alta prioridade no evangelismo, hoje. Precisamos alcançar estes 1,5 bilhões de pessoas que estão distantes culturalmente de nós e que nunca ouviram as boas novas de salvação em Cristo Jesus. Tornar a igreja acessível para cada um desses povos e permitir que eles entendam claramente a mensagem e tenham condição de responde-la positivamente é nossa missão.
O Deus da Bíblia é o Deus da História. Ele tem um propósito para ela. A Bíblia toda é clara quanto a isso e descreve este propósito do inicio ao fim. Se cremos que a Bíblia é a Palavra de Deus devemos crer necessariamente que missões transculturais é o programa de Deus, visto que de Gênesis ao Apocalipse ela nos revela o amor de Deus pelas nações da terra. (Gn.12:3b; Is.49:6; Apoc.5:9)
A urgência da Missão Transcultural
Quando falamos em Missão a outros povos ou Transcultural, muitos irmãos logo dizem: mas por que ter que ir para outro lugar se nosso bairro e nossa cidade precisam também? A resposta é simples, lendo o texto do deus rato vemos algumas diferenças como: Enquanto só aqui no nosso pequeno bairro do Conjunto Industrial, de mais ou menos 1km quadrado e com população média de 10 mil habitantes, existem 03 Assembléias de Deus, 01 Betesta, 01 Batista, 01 Adventista e como devem ter outras que não me lembro, sem falar as dos bairros vizinhos, ou seja, no mínimo 07 possibilidades para conhecerem, ou pelo menos, ouvirem a respeito da Salvação por Jesus.
Enquanto isso na Índia, perto desse templo do deus rato, com certeza não tem nenhuma possibilidade de Salvação! Estão isolados e longe dessa Graça. Isso é muito sério! Então estamos aqui, como dizem, reclamando de barriga cheia. Muitas vezes questionamos o envio de missionários para a África, que é outro país que tem situação parecida com a da Índia, e não paramos para enxergar que aqui existem mais de 1.000 missionários disponíveis para a Evangelização Local. Ora, a evangelização local não é uma obrigação das igrejas locais? Onde estão estas igrejas do nosso bairro e nossa cidade? Mesmo assim, ainda podemos perguntar: Também não é fundamental a missão local?
Claro que é! Mas aqui podemos dizer que temos gente e igrejas de sobra para que essa Missão Local seja realizada, isto é, as portas estão abertas por aqui, enquanto por lá não existe nada nem ninguém para falar ou pelo menos testemunhar desse amor de Jesus, que já nos alcançou! É ou não é egoísmo de nossa parte achar que a prioridade é aqui? A prioridade é onde não existem possibilidades nem de se ouvir a palavra de salvação. Lá é diferente, as pessoas são dominadas e não tem nem a oportunidade, como aqui, de escolherem de que lado querem ficar.
Porque como invocarão a quem não conheceram, mas como conhecerão se não ouviram nem falar, mas como ouvirão se não há quem pregue, e como pregarão se não forem enviados? … logo a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Cristo (Rm 10:14-17).
Conclusão
Todos nós como Corpo de Cristo, temos um claro objetivo:
Ajudar ao propósito de Deus de alcançar a todos os povos da terra, até os confins da terra(At 1:8).
Muitas vezes dizemos que missão está no coração de Deus, mas muitas vezes não está no nosso coração.
A missão local é fundamental, mas a missão transcultural é urgente!
Pensemos nisso todos os dias. Então oremos mais e ofertemos mais por missões.
Vamos ajudar a CRIAR mais possibilidades e oportunidades de SALVAÇÃO para TODOS!
Texto bíblico: Atos 13.1-4
Prezado (a) Professor (a), na lição deste domingo você tem um grande desafio: trazer uma consciência missionária aos adolescentes. Informe-lhes que Deus pode usá-los de forma poderosa, como foi com um grupo de jovens missionários americanos, segundo narra-nos James L. Garlow: As pessoas convertidas e afetadas pelo evangelho ficaram preocupadas com a condição espiritual de outros países.O movimento missionário moderno traça suas raízes até um acontecimento incomum, que teve lugar em 1806. Os alunos da Faculdade Willians, de Massachusetts, estavam em um pequeno grupo de oração quando se assustaram com raios e se esconderam num monte de feno. Este acontecimento ficou conhecido como a famosa “reunião de oração do monte feno”, de 1806, em que sete jovens fizeram um voto de devoção a Deus, prometendo apoiar e ajudar as missões pelo mundo. Em 1808, este grupo formou a organização conhecida como Sociedade dos Irmãos, cujo lema era: “Podemos fazer se quisermos”.
No seminário Andover, vários outros estudantes juntaram-se ao grupo, entre os quais o mais conhecido é Adoniram Judson. Em 1810, em Massachusetts, na Associação Congregacional de Ministros, Judson e outros três estudantes fizeram um apelo aos ministros da congregação para que apoiassem financeiramente o trabalho missionário. Naquele ano, formou-se o Conselho de Delegados de Missões no Estrangeiro. Assim, começou o movimento missionário contemporâneo que, no fim, enviou dezenas de milhares de missionários para todas as partes da terra (GARLOW, James L. Deus e o seu Povo. Rio de Janeiro, CPAD, 2007, p. 228).
Professor quantas vidas foram alcançadas por Deus através desse movimento missionário, cuja origem foi a iniciativa de alguns jovens? Assegure aos seus alunos o quanto podem ser instrumentos usados nas mãos de Deus para fazer uma obra extraordinária na evangelização. Boa Aula!
Utilizem um mapa e apontem os países ainda não alcançados pelo Evangelho.
- Solicitem aos alunos para escolher apenas 01 deles e comecem a pensar em uma viagem de faz de conta para este pais. 
- Perguntem:
Como deve ser a preparação para a viajem?
Que língua fala este povo?
Quais os obstáculos políticos e religiosos para entrar neste pais como missionário?
Quem vai financiar a viagem?
Qual o clima? Que tipo de roupa providenciar?
Quanto a culinária? Etc.
Depois, orientem para os alunos realizar a pesquisa na internet e trazer as informações no próximo domingo, inclusive se possível apresentar fotos do país, do seu povo etc.
- Trabalhem o conteúdo da lição de forma participativa.
- Em seguida, cantem com os alunos o hino “Eu Vou” da cantora Fernanda Brum.
- Para finalizar a aula, utilizem a dinâmica “Não Deixe a Bola Cair!”
Dinâmica: Não Deixe a Bola Cair
Objetivo: Demonstrar a necessidade da participação e colaboração de todos na obra missionária.
Material: 01 bexiga(bola de aniversário) para cada aluno.
Procedimento:
- Entreguem uma bola para cada aluno.
- Peçam para encham, deem um nó.
- Organizem os alunos em círculo e orientem para que joguem as bolas para cima e não deixam que caiam.
- Aos poucos, vá retirando alguns alunos da atividade, até que a quantidade que ficar não consiga dominar as bolas, deixando as bolas cair.
- Então, perguntem:
O que significa a expressão “não deixar a bola cair”?
Espera-se que os alunos falem sobre persistência, compromisso etc.
- Continuem, perguntando:
Como foi realizar a atividade com todos cooperando?
Os que saíram, como se sentiram vendo que a atividade não podia ser realizada por poucos?
Os que permaneceram na atividade, como se sentiram, vendo que os cooperadores estavam desistindo?
Como ficam os missionários, se os que apoiam desistem? Foram enviados, porque foram chamados, os que ficam apoiam orando e contribuindo. Cada um deve fazer sua parte.
- Então vamos retomar a ação, fazendo o inverso, entrando aqueles que saíram.
- O que podemos constatar, com isto? Podemos retornar a opoiar ou começar a colaborar com a obra missionária, não deixando a bola cair!

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