Sardes, a igreja morta!
Subsidio para lição bíblica - 2º trimestre/ 2012 Por: aux. Ofic. Eliel Barbosa
LIÇÃO 07 – SARDES, A IGREJA MORTA
Sub-tema: sardes, a igreja e
seu desaparecimento degradativo.
1.1NOMES: sig.
Escapados ou “aqueles que escaparam”, portanto simbolizando o escape que Jesus
oferece ao remanescente fiel de um ameaçador desaparecimento degradativo (morte
espiritual, ou seja, separação eterna de Deus) ·
1.2LOCALIZAÇAO/HISTORIA/POLITICO/ECONOMICO
A cidade de sardes Estava situada 50 km ao nordeste de
Esmirna e 30 km ao noroeste de
Filadélfia, , à margem oriental do rio Pactolus, numa fertilíssima região da
Ásia Menor
Dos monarcas que dominaram em Sardes, o mais
notável de todos é Creso, que se distinguiu de seus antecessores pela fabulosa
riqueza que possuía parte da qual era oriunda do ouro de aluvião encontrado nas
areias do rio Pactolus que bordejava a cidade.O reino de Creso caiu em poder de Ciro, rei da Pérsia, em 546 a.C., que tomou a cidade de Sardes e transformou o reino numa satrapia da Pérsia, para onde foi transportada toda a riqueza de Creso.
Em 499 a.C., houve a invasão macedônia do reino da Pérsia. Em 334 a.C. Sardes foi oficialmente conquistada por Alexandre, o Grande, em consequência de sua vitória sobre os persas na batalha de Grânico.
Em 214 a.C., Antíoco, o Grande, a conquistou e saqueou; mas, já em 190 a.C., os romanos a conquistaram na Batalha de Magnésia e a tornaram numa das cidades que integravam a Província Romana da Ásia.
• BATALHA DE
MAGNÉSIA A Batalha de Magnésia foi travada
em 190 a.C. perto de Magnésia, nas planícies de Lídia, entre o exército
romano,dirigido pelo cônsul Lúcio Cornélio Cipião e o seu irmão, o general
Cipião o Africano, com o seu aliado Eumenes II de Pérgamo contra o
exército de Antíoco III Megas, do Império selêucida, apoiado pelos
gálatas. A decisiva vitória romana terminou a guerra pelo controle da
Grécia.
1.3 Religião. Como as demais cidades
da Ásia Menor, Sardes estava completamente comprometida com a idolatria, pois,
tinhacomo padroeira a deusa Cibele, que era creditada com o poder especial de restaurar vida aos mortos. No entanto, para a Igreja
que estava espiritualmente morta naquela cidade, somente o Senhor Jesus, o que tem os sete Espíritos de Deus, poderia
restaurá-la (Ap 1.4).
II – A CARTA À IGREJA DE SARDES
A Igreja de Sardes tornou-se como a cidade: em vez de influenciar, foi influenciada. Era como sal sem sabor ou uma candeia escondida (Mt 5.13-16). Apenas tinha nome e fama, mas não tinha vida (Ap 3.1). Jesus enviou uma carta revelando a necessidade de um reavivamento urgente, pois, havia muitos crentes mortos, e outros, dormindo, precisando ser despertados (Ap 3.3,4).
2.1. “Ao anjo da Igreja” (Ap 3.1 a). Não podemos afirmar, ao certo, quem era o anjo (pastor) da Igreja de Sardes. No entanto, podemos deduzir que ele conhecia muito bem os problemas daquela Igreja. Todas as cartas foram enviadas ao anjo da Igreja (Ap 2.1,8,12,18; 3.1,7,14,22) porque ele era a pessoa mais indicada, não apenas para transmitir o conteúdo da carta aos cristãos daquela localidade, como também corrigir os erros doutrinários e conduzir a Igreja a um genuíno avivamento;
2.2. “Isto diz o que tem os sete Espíritos de Deus, e as sete estrelas” (Ap 3.1 b). A expressão “sete Espíritos” significa: a multiforme operação do Espírito Santo, como podemos ver em (Is 11.1,2): “E repousará sobre ele o Espírito do Senhor, o Espírito de sabedoria e de entendimento, o Espírito de conselho e de fortaleza, o Espírito de conhecimento e de temor do Senhor”. Quanto as “sete estrelas” Jesus referiu-se aos anjos (pastores) das Igreja, conforme (Ap 1.20);
2.3. “Eu sei as tuas
obras” (Ap 3.1 c). Já
vimos em lições anteriores que, em todas as cartas, Jesus diz: “Eu sei as tuas obras” ou “Eu conheço as tuas obras”
(Ap 2.2,9,13,19; 3.1,8,15) o que significa dizer que Ele não está alheio ao
serviço que prestamos em prol do Reino de Deus aqui
na terra. No entanto, o Senhor Jesus não fez menção, nem elogiou as boas obras de Sardes, como em outras cartas, tais
como: o trabalho e a paciência de Éfeso (Ap 2.2); a perseverança na fé da
Igreja de Pérgamo (2.13); o amor, o serviço, a fé
e a paciência dos crentes de Tiatira (Ap 2.19); pelo contrário, o Senhor Jesus
diz: “Não achei as tuas obras
perfeitas diante de Deus” (Ap 3.2);
2.4. “Tens nome de que
vives e estás morto” (Ap 3.1 d). A Igreja de Sardes vivia apenas de aparência,
pois, aos olhos dos habitantes da cidade, ela existia e
estava presente: “tens nome de que vives”; mas, aos olhos daquEle que
são como chamas de fogo, era uma Igreja morta,
sem vida e sem vigor espiritual “mas, estás morta”. Escrevendo aos
romanos, o apóstolo Paulo disse que o cristão deve
considerar-se morto para o pecado e vivo para Deus (Rm 6.11,13); mas, em
Sardes, estava havendo o inverso: muitos
crentes estavam vivos para o pecado e mortos para Deus;
2.5. “Sê vigilante”
(Ap 3.2 a). O
termo “vigiar” significa “estar atento”, “estar vigilante”. Esta foi a primeira
recomendação do Senhor Jesus àquela Igreja. A
vigilância é uma atitude exigida a todo cristão (Mt 24.42; Mc 13.37; Lc 21.36;
At 20.31), mas, principalmente, para os crentes
sinceros e fiéis que estavam vivendo entre os mortos. Em outras palavras, o
Senhor Jesus estava dizendo: se não vigiares,
poderás morrer também! Assim como a cidade fora invadida duas vezes por falta
de vigilância, o mesmo poderia ocorrer com o
remanescente fiel, caso eles não vigiassem;
2.6. “Confirma os
restante que estava para morrer” (Ap 3.2 b). Cristo ordena livrar “os que estão
destinados à morte”. A expressão “confirma” não significa
confirma sua morte, e sim, confirma sua fé (At 14.22; 15.32; 16.5; 18.23; I Pe
5.10; II Ts 3.9). Isto nos ensina que a Igreja não estava
morta por completo, pois sempre houve, e sempre haverá um remanescente fiel (Ap 2.6,13,24; 3.4). É por esta razão que o
Senhor Jesus diz: “Mas também tens em Sardes algumas pessoas que não contaminaram suas
vestes, e comigo andarão de branco; porquanto são dignos disso” (Ap 3.4);
2.7. “Não achei as
tuas obras perfeitas diante de Deus” (Ap 3.2 c). Esta exortação do
Mestre nos ensina que não basta ter obras, serviços prestados e trabalhar
para o Senhor. É preciso que as obras sejam perfeitas. Mas, o que é uma obra
perfeita? É uma obra feita de todo coração (Cl
3.23), com alegria (Sl 100.2) e para a glória de Deus (I Co 10.32). Na primeira
epístola aos coríntios, o apóstolo Paulo enumera
seis tipos de “obras”, a saber: madeira, feno, palha, prata, ouro e pedras
preciosas (I Co 3.12). Somente as obras que
permanecerem é que serão recompensadas (I Co 3.13-15);
2.8. “Lembra-se, pois,
do que tens recebido e ouvido, e guarda-o” (Ap 3.3 a). A Igreja de Sardes não
poderia queixar-se por não conhecer a doutrina. As
palavras do Senhor Jesus são enfáticas: “Lembra-se, pois, do que tens
recebido e ouvido” o que significa dizer que os cristãos
já haviam recebido o genuíno Evangelho. A Bíblia nos exorta a lembrar das
palavras que foram ditas pelos profetas (Jd 1.17) e
das palavras do Senhor (Lc 24.6,8; Jo 15.20); inclusive, uma das atribuições do
Espírito Santo é lembrar as palavras do Senhor
(Jo 14.26). Este lembrar implica que os cristãos deveriam também, guardar, ou
seja, cumprir, obedecer;
2.9. “E arrepende-te
(Ap 3.3 b)”. Arrepender-se
significa sentir tristeza por haver violado as leis divinas e ter o desejo de voltar-se a Deus, implorando o perdão e
o favor divino. Deus exige arrependimento não apenas dos pecadores (Mt 3.11;
4.17; Mc 1.15; 2.17; Lc 3.3,8; At 3.19;
17.30), mas também daqueles cristãos que não andam em sinceridade (Ap 2.5;
2.16; 21,22; 3.3,19). O Senhor Jesus esperava que ao
receberem aquela carta, os cristãos se arrependessem dos seus pecados para receberem a vida (At 11.18);
2.10. “E, se não
vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti
virei (Ap 3.3 c)”. A
cidade de Sardes fora invadida e dominada duas
vezes porque se sentia muito segura, e não vigiou. Jesus alerta a Igreja que,
se ela não vigiar e não acordar, ele virá a ela
como o ladrão de noite, inesperadamente. Em seu sermão profético, o Senhor
Jesus ensinou sobre a vigilância, comparando
a Sua vinda como a ação de um ladrão, ou seja, em momento inesperado (Mt 24.43,44). Os apóstolos também falaram
acerca de Sua vinda “como um ladrão” (I Ts 5.2,4; II Pe 3.10). Porém, quando
Jesus disse a Igreja de Sardes que “viria
como um ladrão” não estava se referindo a Sua Segunda Vinda, e sim, a um juízo
iminente, ou seja, que poderia ocorrer a qualquer
momento;
2.11. “O que vencer
será vestido de vestes brancas” (Ap 3.5 a). Nas páginas da Bíblia Sagrada, vestes
brancas falam de pureza e santidade. Elas aparecem
diversas vezes no livro do Apocalipse (Ap 3.5,18; 4.4; 6.11; 7.9,13; 19.14).
Mas, quando Jesus se refere a uma promessa aos
vencedores, esse “andar” é escatológico, ou seja, futuro, e significa que os
vencedores poderão estar na companhia de Cristo
por toda eternidade;
2.12. “De maneira
nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida” (Ap 3.5 b). Nenhum outro livro
recebe tanta importância nas Sagradas Escrituras do que o livro
da vida. Ele é mencionado em (Êx 32.33; Sl 69.28; Dn 12.1; Lc 10.20; Fl 4.3).
Quando Jesus diz que jamais riscará o nome dos
vencedores do livro da vida não está se referindo a uma predestinação
fatalista, em que alguns cristãos afirmam “uma vez
salvo, salvo para sempre”; mas, pelo contrário, uma predestinação condicional,
uma promessa para aqueles que vencerem; e
vencer, significa: perseverar até o fim (Mt 10.22; 24.13; Mc 13.13);
2.13. “E confessarei o
seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos” (Ap 3.5 c). Esta promessa nos faz
lembrar o que disse Jesus a seus discípulos: “Portanto,
qualquer que me confessar diante dos homens eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos
céus” (Mt
10.32). A expressão “confessar”, neste texto significa: “testificar que
pertence a Mim”, ou seja, aqueles que confessam a Cristo, e
não se envergonham do Seu nome, além de terem os seus nomes confirmados no livro da vida, serão, no futuro,
confessados por Cristo diante do Pai e dos seus anjos.
CONCLUSÃO
Como pudemos ver, a Igreja de Sardes
tinha o nome de quem estava viva, mas estava morta; em vez de influenciar a cidade, foi influenciada. Por esta
razão, o Senhor Jesus apresenta-se como Aquele que tem os sete Espíritos de
Deus, ou seja, o Espírito do Senhor, o Espírito de
sabedoria e de entendimento, o Espírito de conselho e de fortaleza, o Espírito
de conhecimento e de temor do Senhor. Mas,
para que a mesma viesse a ser restaurada era preciso ser vigilante, lembrar-se
do que tinha recebido e ouvido e
arrepender-se dos seus pecados. No entanto, nem todos estavam corrompidos.
Havia ali também cristãos sinceros que não
contaminaram suas vestes. Por isso, o Senhor Jesus lhes diz que estes andariam
com Ele; e, aos vencedores, Ele prometeu que
estes seriam vestidos de vestes brancas, não teriam seus nomes riscados do
livro da vida; e que Ele o confessaria o seu
nome diante de Seu Pai e diante dos Seus anjos.
• BÍBLIA de Estudo
Aplicação Pessoal. CPAD.
• STAMPS, Donald C. BÍBLIA
de Estudo Pentecostal. CPAD.• ANDRADE, Claudionor de. Os Sete castiçais de ouro. CPAD.
• __________, Dicionário Teológico. CPAD.
• LOPES, Hernandes Dias. Estudos no livro de Apocalipse. Hagnos.
• SILVA, Severino Pedro da. Apocalipse, versículo por versículo. CPAD
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